Um remédio para combater a osteoporose reduz em 38%, sem efeitos colaterais graves, o risco de contração de câncer de mama por mulheres com um alto percentual de possibilidade de sofrer da doença, segundo pesquisas.
O autor do estudo, Victor Vogel, apresentou nesta segunda-feira, em Washington, na conferência anual da Associação de Pesquisa de Câncer, os resultados sobre o remédio raxoline, também conhecido como Evista, segundo o diário americano USA Today.
Tanto esse remédio como o tamoxifen foram aprovados anteriormente para combater o câncer de mama, mas poucos médicos o recomendaram e poucas mulheres o tomaram por temerem seus possíveis efeitos colaterais.
O grande problema é que o tamoxifen reduz em 50% as possibilidades de contrair câncer de mama, mas duplica o risco de câncer de endométrio, o tipo de câncer uterino mais comum, segundo o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos.
Por outro lado, o novo estudo afirma que o outro remédio, o raxoline, não aumenta o risco e, por isso, especialistas consideram que poderia ajudar a diminuir as preocupações de médicos e mulheres sobre efeitos secundários.
O raxoline, segundo Vogel, "não é uma cura, mas é uma importante proteção para aquelas mulheres com um alto risco" de sofrer câncer de mama.