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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Sarkozy dá sinal ver às empresas francesas para investir no Iraque

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, deu nesta terça-feira em Bagdá sinal verde às empresas francesas para que elas invistam no Iraque, em uma visita surpresa, a primeira de um chefe de Estado francês a este país.


"Minha vinda aqui é para dizer às empresas francesas: 'esse é o momento, venham investir aqui'", declarou em entrevista à imprensa junto com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.

Sarkozy anunciou que uma ampla delegação de empresários franceses, conduzida pelo primeiro-ministro francês, François Fillon, e o chefe da diplomacia Bernard Kouchner, irá daqui alguns meses ao Iraque.

Até agora, por razões de segurança e riscos de seqüestro, as companhias francesas não tinham direito de ir ao Iraque, mas a segurança melhorou nitidamente no último ano.

O presidente francês anunciou também a construção em breve de uma nova embaixada da França em Bagdá e de dois consultores, um em Erbil (Curdistão), outro na cidade portuária de Basra (sul), verdadeiro pulmão econômico do país, "para ajudar estas empresas que virão investir". 

Entre os ramos previstos, o presidente francês citou a defesa, o setor petroleiro com a Total e a água. "Estamos a escuta das demandas que os iraquianos nos farão", disse.

Considerada histórica tanto por Sarkozy como por seu colega iraquiano, Jalal Talabani, esta visita é também a primeira de um presidente europeu desde à invasão conduzida pelos EUA, que derrubou Saddam Hussein em 2003.

"Eu vim com Bernard Kouchner para comunicar ao povo iraquiano a solidariedade da França", afirmou o presidente francês à imprensa, na presença de Talabani.

"É agora que temos que ajudar o Iraque, é agora que precisamos nos comprometer", acrescentou, destacando que sua ida a Bagdá era a "concretização do comprometimento da França ao lado de vocês".

"A França acredita na unidade do Iraque. O mundo precisa de um Iraque unido, democrático, soberano e forte. Nosso apoio será constante e sem ingerência", garantiu. "A França deseja vossa reinserção na região e no mundo".

Sarkozy também prometeu uma colaboração sem limites da França na reconstrução do Iraque.

"Eu vim frisar a vontade da França de participar do desenvolvimento econômico do Iraque, da reabilitação da infraestrutura", declarou. "Nossa colaboração não tem limites", continuou.

"Queremos colaborar no plano econômico, em termos de energia, de reconstrução", disse.

"Podemos ajudar vocês a formar suas elites, podemos ajudar vocês em termos de forças de polícia e de segurança, podemos colaborar, formar e equipar também o exército iraquiano", continuou.

"E podemos também ajudá-los no plano diplomático", completou. "Nosso apoio será constante e sem ingerência", prometeu.

A França foi contra a invasão do Iraque em 2003, o que gerou tensões em suas relações com os EUA.

Depois do Iraque, Nicolas Sarkozy deve ir para Omã, Bahrein e Kuwait, para um giro que visa reforçar a posição da França nestes três países do Golfo.

Esta visita é a terceira no Iraque para Bernard Kouchner como ministro das Relações Exteriores, que já visitou o país em agosto de 2007 e junho de 2008.
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