Ainda não encerrou o martírio dos 203 aprovados no concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e que fazem parte da terceira chamada. Ontem um grupo foi até o Ministério da Justiça para obter informações sobre o processo seletivo. Mês passado eles haviam recebido a informação de que a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) havia chancelado o pedido para que os excedentes fossem chamados. No entanto, uma reviravolta no processo aumentou a angústia dos concursados.
O processo foi devolvido ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) sob o argumento que era necessário uma nova análise de viabilidade sobre o aproveitamento desses 203 novos quadros.
Gustavo Frederico Barbosa Machado foi aprovado em agosto de 2008 na 413ª colocação. Segundo ele, 340 foram aproveitados na primeira chamada e mais 170 da segunda. Ele está preocupado com o fim do prazo para o aproveitamento do efetivo.
“Têm até julho deste ano para concretizarem a efetivação dos quadros. Depois disso o concurso perde validade. O prazo pode ser esticado mais um ano, mas estamos preocupados porque é ano de eleição. Os que se classificaram na segunda chamada já fizeram curso de formação em Fortaleza e já estão trabalhando em MT e no PA”, revelou.
Segundo ele, hoje o efetivo da PRF é de 9,3 mil, mas há um déficit de 3,8 mil cargos vagos. “A malha viária federal em 1996 era de 38 mil quilômetros. Hoje é de 63 mil km. Mas o efetivo cresceu menos do que deveria. Eram 8.960 servidores. Hoje são nove mil e 300. Um aumento de 4,84%, praticamente insignificante”, informou.
Ele questiona o motivo do retorno do processo. “O documento deveria ser remetido para o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. O pedido foi feito pelo DPRF com parecer favorável do MJ. Queremos uma definição”, disse.
O deputado Valtenir Pereira (PSB), que veio a Brasília prestigiar a posse no novo comando aéreo regional, acompanhou a comitiva. “Estou acompanhando este tema desde o ano passado. Precisamos destes servidores para aumentar o efetivo nas nossas estradas”, declarou.
Ao receber a comitiva, o secretário executivo do MJ, Rafael Favetti, disse que o pedido retornou ao DPRF para uma análise mais aprofundada. Ele se comprometeu a analisar a situação.
