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Sábado, 18 de maio de 2024

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Polícia prende dois suspeitos de atentado contra senador paraguaio; eles seriam brasileiros

Dois homens foram presos na noite desta segunda-feira na cidade de Pedro Juan Caballero (Paraguai), suspeitos de tentar matar o senador paraguaio Robert Acevedo. Eles estavam em uma casa do bairro de Obrero e serão interrogados pela polícia local. A cidade está sob estado de exceção desde sábado.


Os detidos seriam os brasileiros Eduardo da Silva, natural de Vitória, no Espírito Santos, e Nevailton Marcos Cordeiro, de São Paulo, informou o jornal paraguaio ABC. De acordo com a TV Telefuturo, eles pertencem à facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).

A polícia continua com as investigações em Pedro Juan Caballera e diversas buscas e apreensões foram realizadas. O ministro do Interior paraguaio, Rafael Filizola, o vice-ministro de Segurança, Carmelo Caballero, e o ministro de Obras, Efraín Alegre, estão na cidade para acompanhar o caso.

Em entrevista à TV Telefuturo, da clínica onde está internado, o senador que “por um milagre de Deus não estou como os companheiros que estavam comigo, executado em pleno centro”. O motorista Floriano Alonso e o policial Richard Martinez, que protegia o parlamentar, morreram no ataque.

Acevedo contou que um motociclista o ajudou a chegar até uma farmácia, em frente à clínica San Lucas, onde ele ficou escondido no local até que os criminosos irem embora. Só então, cruzou a rua e foi atendido no hospital. Ele foi ferido no braço e no rosto.

Segundo o senador, o ataque foi uma resposta do tráfico às constantes denúncias que ele faz contra o narcotráfico e a venda de madeira.

José Carlos Acevedo, prefeito da cidade e irmão do senador, afirmou à rádio Nandutí AM que grupos ligados ao tráfico de drogas ofereceram entre US$ 300 mil e US$ 500 mil pela cabeça de Robert. O atentado, segundo ele, deveria acontecer durante a viagem do senador a Asunción ou a Pedro Juan Caballera.

“A informação que temos é de que um grupo se reuniu e pagou pelo crime”, disse. Ele lembrou ainda que os traficantes tentaram matar, em dezembro do ano passado, Ramon Cataluppi, diretor de Trânsito de Pedro Juan e homem de confiança da família Acevedo. No atentado, o funcionário foi atingido por 14 tiros, perdeu um dedo e uma perna.

Segundo ele, cada pessoa envolvida teria entrado com uma parte do dinheiro para pagar os criminosos, que usaram uma caminhonete prata Ford Ranger para atirar contra o carro do senador. A caminhonete foi abandonada perto de uma escola da cidade.

O prefeito afirmou ainda que por pouco seu irmão não foi vítima de criminosos que operam em Amambay, no fronteira com o Mato Grosso do Sul, e no Brasil.

“Não se controla nada. A fronteira terrestre é permeável. Muita gente de fora se esconde ali”, disse.
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