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Quarta-feira, 22 de maio de 2024

Notícias | Brasil

Procuradora nega maus-tratos contra filha em processo de adoção

A procuradora estadual aposentada Vera Lúcia Gomes, acusada de maus-tratos a uma criança em processo de adoção, disse, nesta terça-feira (27), que não vai falar sobre o assunto. Ela informou que o advogado Jair Leite Pereira vai representá-la. "Meu advogado proibiu-me de dar entrevista. Se não, eu teria muito prazer em receber (a equipe de reportagem), porque eu não devo nada. Isso tudo é uma pantomima (mentira, engano), mas ele me proibiu”, disse a procuradora, pelo interfone do prédio onde mora, à equipe de reportagem da TV Globo.


Anteriormente, a reportagem já tinha ido ao prédio onde mora Vera Lúcia Gomes, mas ela não quis receber a equipe. A procuradora também conversou pelo interfone: "Meu senhor (risos) eu... Sem resposta." O repórter insistiu: "Mas tem uma acusação, e tem uma queixa na delegacia." Vera Lúcia finalizou: "Meu senhor, dane-se! Azar! Que tenha 20 (queixas)."

O advogado Jair Leite Pereira, que defende a procuradora, disse que a cliente dele nega as acusações e nunca agrediu ninguém. “A doutora Vera me contou que foi um desentendimento doméstico com as empregadas dela. O motorista foi demitido. Então, a doutora Vera acha que essas acusações podem ser uma vingança das empregadas. Ela está surpresa e não aceita essas acusações. A doutora Vera vai tomar providências. Ela nunca se envolveu em atos de violência, nem com adulto, nem com criança”, afirmou o advogado.

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Caso de menina agredida pode ser crime de tortura, diz delegada Procuradora aposentada é acusada de agredir filha adotiva de 2 anos Pereira comentou as explicações da procuradora aposentada sobre as gravações: “Ela disse que sempre foi rígida ao falar com as pessoas, para que as ordens e determinações dela fossem cumpridas, mas nunca chegou às raias da violência e da agressividade, principalmente com crianças.”

Apesar de o Conselho Tutelar ter constatado que a criança que estava na casa da procuradora foi ferida, e que a menina ficou internada em um hospital por três dias, Leite Pereira disse que os machucados precisam ser analisados. “Vamos ver as causas desses ferimentos, porque eu não conheço os autos. Na tarde desta terça-feira (27), vou me entender com a delegada da 13ª DP para, depois, apresentar a doutora Vera em todas as repartições onde for necessário apresentá-la”, afirmou o advogado.

“Eu conheço a doutora Vera há muitos anos e conheço o temperamento dela. Ela tem o temperamento forte, mas não chega às raias da agressividade. Ela nega, peremptoriamente, essa acusação”, concluiu Leite Pereira.

O Ministério Público Estadual informou que a Promotoria da Infância e da Juventude já instaurou um procedimento para apurar o caso e reúne provas do caso. Quando tiver todos os documentos, o MP vai ajuizar uma ação por desrespeito ao dever familiar. O órgão também pode pedir uma investigação para apurar se houve irregularidade no processo de adoção.

Vera Lúcia Gomes entrou com o pedido de adoção pela primeira vez e estava habilitada pelo Cadastro Nacional de Adoção. A guarda ainda era provisória. Como a procuradora é aposentada, ela não tem foro privilegiado e responde como uma cidadã comum.
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