O corregedor-geral de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri,  autor da denúncia que resultou na abertura de processo por corrupção e desvio de conduta de vários magistrados de Mato Grosso, afirmou agora à noite ao Olhar Direto, que jamais houve  qualquer motivação de natureza pessoal em seu procedimento. Segundo Perri, o relatório encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça foi baseado em denúncias graves chegadas à corregedoria.

 "Tentaram dar como pano de fundo uma possível briga política interna no Tribunal de Justiça, coisa que jamais houve",  disse Perri. Ainda segundo Perri, mais de 50 testemunhas foram ouvidas para montar o relatório, que resultaram em mais de 20 volumes, com provas concretas sobre a má conduta dos magistrados.

 O corregedor  explicou  que no relatório existem elementos suficientes para comprovar os desvios, tanto é que o CNJ acatou a denúncia e decidiu abrir o processo administrativo. " Se as provas não fossem contundentes, o conselho não abriria o processo e mandaria arquivar o relatório".

Sobre o seu relacionamento com os magistrados acusados, Perri reconhece que agora  as "relações estão estremecidas", mas que sempre privou a amizade deles. Como prova disso, ele cita o fato de ter estado várias vezes com o desembargador José Ferreira Leite ( ex-presidente do TJMT e um dos acusados no processo) a quem pediu ( e recebeu) voto em sua eleição para a Corregedoria.