Dois adolescentes em conflito com a lei fizeram outro jovem refém dentro do complexo socioeducativo Pomeri, em Cuiabá. Eles exigiam uma série de benefícios e ameaçavam tirar a vida do colega de cela com uma barra de ferro.

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O crime aconteceu na ala quatro do complexo onde ficam os internados de maior periculosidade que têm passagens por homicídio e estupro. No local estão alojados oito jovens. Os adolescentes cobram da diretoria do Pomeri acesso ao pátio livre junto com os demais internos e outras regalias.

O menor A.V.M.S, 16, estourou todos os cadeados da ala quatro e começou o motim com ajuda de outro detento. Eles aproveitaram que os agentes estavam preocupados com a saída dos visitantes e renderam outro jovem com uma barra de ferro e um chuço (arma artesanal feita dentro da cadeia).

Segundo informações dos próprios monitores, o menor escolhido para ser o refém tinha bom comportamento dentro do complexo e estava detido a pouco tempo. Para conter a situação e retirar o refém das mãos dos outros menores os policiais dispararam tiros de festim nas pernas do A.V.M.S, pois ele já tinha prometido acertar um golpe da barra de ferro na cabeça do jovem que estava sob seu poder.

Até o juiz da vara da infância e da adolescência, Antonio Peleja foi até o local para negociar o fim do motim. No momento da negociação o menor mais exautado de 16 anos desafiou os policias, cuspiu no rosto dos agentes e insultou o juiz.

Os dois menores foram novamente levados para o Cisc Planalto para serem ouvidos pelo delegado e em seguida retornaram para o centro socioeducativo de Cuiiabá.