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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Cabines de aviões são travadas desde atentados de 11 de setembro

A Justiça da França divulgou nesta quinta-feira (26), dois dias depois da tragédia com o avião da Germanwings, que o copiloto da empresa estava sozinho na cabine quando a aeronave foi derrubada e que ele teria se recusado a abrir a porta para a volta do tripulante, conforme registros de áudios analisados.


Sistemas que travam a porta da cabine de aviões existem desde a década de 1980, mas depois dos ataques de 11 de setembro, a FAA, agência dos Estados Unidos responsável pela aviação civil, intensificou as regras de proteção dos pilotos, alvos dos atentados de 2001.

Na época, quem conduzia os quatro aviões sequestrados por terroristas foram rendidos e as aeronaves redirecionadas para alvos como o World Trade Center e o Pentágono.

Para evitar novos casos, a indústria da aviação fez grandes investimentos e aumentou a segurança do tráfego aéreo, incluindo o reforço na proteção das cabines.

No caso do modelo A320 da Airbus, foi implantada uma tecnologia que permite a abertura da porta apenas por quem estivesse na área ocupada por piloto e copiloto.

Um botão no painel aciona a porta após a requisição e identificação de quem estiver pedindo do lado de fora, como membros da tripulação.

Normalmente, a chamada é feita por interfones e o piloto consegue checar por vídeo quem pede ou por uma abertura existente na porta, o chamado “olho mágico”.

Código de segurança

Para os casos em que o piloto ou copiloto se ausente do cockpit, um código de segurança pode ser digitado para que a porta destrave e ele retorne ao local. É necessário que quem estiver na cabine destrave a entrada mediante verificação do código correto.

Um vídeo divulgado pela Airbus (veja no início da reportagem) mostra um membro da tripulação digitando a senha. Porém, essa sequência numérica é informada exclusivamente a quem irá pilotar a aeronave.

Mas o acesso à cabine ainda pode ser evitado se o piloto determinar que proteger o controle da aeronave é a prioridade.

Basta acionar um botão para o modo lock (como se pode ver na foto acima). Quando isso acontece, o código de segurança deixa de funcionar e a cabine se torna um dos lugares mais seguros da aeronave.

O presidente da companhia aérea Lufthansa, proprietária da Germannwings, confirmou a existência dessa tecnologia.

“Se um dos pilotos deixa a cabine, é possível chamar do lado de fora. O piloto pode olhar e ver quem quer entrar e você pode abrir a porta, controlada eletronicamente. Temos procedimentos - se o piloto saiu e o que ficou dentro está inconsciente, há um código que pode ser utilizado. Há um barulho dentro da cabine, e se ninguém abrir, a porta se abre eletronicamente. Mas a pessoa que está do lado de dentro pode impedir que a porta se abra.”

Em casos de falhas elétricas na aeronave, a porta é desbloqueada automaticamente, mas permanece fechada.
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