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Sábado, 18 de maio de 2024

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Operação Grená

Comando Vermelho movimentava R$ 62 mil por mês com esquema de 'proteção' ; 19 estão presos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Comando Vermelho movimentava R$ 62 mil por mês com esquema de 'proteção' ; 19 estão presos
Dezenove pessoas foram presas e outras 159 serão inseridas em medidas cautelares acusadas de integrarem um esquema liderado pelo Comando Vermelho em Mato Grosso. O grupo agia em sete unidades prisionais (incluindo o centro socioeducativo)  e contava com a participação de 314 ‘membros’. Com emprego de aparelhos celulares eles coordenavam assaltos e latrocínios em Cuiabá, Cáceres, Sinop e Rondonópolis. Quatro assassinatos também são atribuídos ao grupo, que foi alvo de operação Grená, que envolveu mais de 160 policiais. A Justiça expediu um total de 267 ordens judiciais contra o esquema, que foram cumpridos na ação desencadeada na data de hoje. 


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O detento Sandro Rabelo da Silva, o ‘Sandro Louco’,  famoso pela prática de roubos a bancos, dividia a liderança do esquema com outros cinco detentos. O êxito das ações criminosas era possível com emprego de aparelhos celulares.
 
O Comando Vermelho se fortalecia em Mato Grosso à medida que parentes, conhecidos e qualquer pessoa ‘indicada’ pelos líderes efetuava pagamentos para ‘obter’ proteção (dentro e fora das unidades prisionais). Mensalmente, de acordo com estimativa da Polícia Civil, a movimentação bancária atingia a quantia de R$ 62 ao mês. A Polícia aponta que para aqueles que estavam presos o valor pela proteção variava entre R$ 30 e R$ 150. Já,  para aqueles que estavam soltos, a quantia era de R$ 150.
 
Na primeira fase da ação (em 2014) seis contas bancárias foram bloqueadas pela Justiça após a constatação de que serviam para ‘alimentar o sistema’.
 
O grupo  agia no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), na Penitenciária Central do Estado, Cadeia Pública de Várzea Grande, Cáceres,  Penitenciária Ana Maria do Couto May, Presídio Major Eldo Sá (Rondonópolis), e o Centro Socioeducativo (destinado a adolescentes).
 
“Não somente o Comando Vermelho é foco de nossas ações, mas o PCC também. Nesse momento nós identificamos pessoas que atuavam na base da pirâmide dessa estrutura e à Justiça, em um primeiro momento, entendeu pela aplicação das medidas cautelares que poderão ser convertidas em prisão”, explicou o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Stringuetta.
 
A superintendente de gestão penitenciária da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Flávia Emanuele Souza Soares, afirmou que o Estado busca soluções tecnológicas para impedir que presidiários empreguem aparelhos celulares nos presídios.  Ela afirmou ainda que testes já foram realizados para o bloqueio dos celulares, mas ele não apresentou resultados confiáveis. Reafirmou que o Estado busca alternativas, exemplificando a instalação de um circuito de monitoramento eletrônico. 
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