O deputado estadual Ondanir Bortolini “Nininho” (PR) defendeu que o senador Blairo Maggi (PR) aproveite a mudança de partido para se tornar presidente do Senado Federal, em substituição a Renan Calheiros (PMDB-AL). Maggi, que há tempos ensaia sair do PR, agora deve aproveitar a janela eleitoral para cargos majoritários aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e se filiar ao PMDB.

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“Tenho conversado com o Blairo, e ele sai sem deixar mágoas no PR, mantendo uma boa relação com todo mundo. Ele está saindo porque almeja um projeto maior em nível nacional. Eu espero que primeiro ele seja presidente do Senado, e depois presidente da República”, declarou Nininho.

Há rumores, também, de que Maggi entraria no PMDB já com status de presidenciável, ao lado do vice-presidente Michel Temer, de Renan Calheiros e do presidente da Câmara Eduardo Cunha, que está tentando se cacifar para a disputa pela presidência.

Além de possuir grande influência política, especialmente na bancada do agronegócio, Blairo Maggi ainda tem a seu favor o fato de circular com desenvoltura entre grandes empresários. Além disso, não possui o mesmo desgaste de Temer e Calheiros.

O nome trabalhado pelo PMDB também poderia ser emplacado como candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo PT ou PSDB, já que, tradicionalmente, o maior partido do país prefere ocupar esse cargo ao invés de encabeçar a chapa de presidente.

Em entrevistas recentes, porém, Maggi tem demonstrado interesse apenas em uma nova disputa ao Senado, o que dá força à tese de que ele poderia presidir o Congresso Nacional, ao se filiar ao partido que tem comandado o parlamento nos últimos anos. 

Nininho, que também é 1º secretário da Assembleia Legislativa, afirmou que mesmo com a saída de Maggi, o PR não perde a força, pois ainda continuará com um senador, Wellington Fagundes, e com a bancada na Assembleia Legislativa. “Claro que nenhum partido gosta de perder lideranças, mas vamos continuar ainda com um senador e com cinco deputados estaduais, então o PR continua sendo forte”, avaliou.

Convites do PMDB

O senador José Medeiros (PPS) é outro representante de Mato Grosso que também foi assediado pelo PMDB. O parlamentar, que chegou ao Senado por ter sido suplente do governador Pedro Taques (PDT), milita há vários anos no PPS e afirmou que não pretende deixar a sigla. 

"Fui convidado a entrar no PMDB pelo senador Renan Calheiros, pelo vice-presidente Michel Temer e pelo deputado federal Carlos Bezerra. Agradeço o convite, mas vou ficar no PPS", afirmou ele à reportagem do Olhar Direto.