O músico Ivo Meirelles, ex-presidente da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, tratou de maneira irreverente o fato de ter que voltar a Cuiabá para prestar contas ao Tribunal de Contas do Estadual (TCE): ele resolveu agradecer a Corte por ajuda-lo a fazer uma “viagem no tempo” e rever pessoas da época do desfile de 2013.

“O TCE me fez um bem danado ao me fazer voltar para Cuiabá. Eu não tinha planos de voltar tão cedo, mas quando cheguei aqui, essa gente acalorada, essas pessoas maravilhosas. Eu já tive meus momentos de emoção. Algumas pessoas que desfilaram me encontraram, falaram da emoção que foi. Fiquei feliz demais”, disse Ivo, em entrevista ao Olhar Direto.

O músico era presidente da Mangueira entre 2012 e 2013, quando a Prefeitura de Cuiabá, sob o comando de Chico Galindo (PTB), patrocinou a escola de samba com R$ 2 milhões em troca de ter sido o tema do desfile.  Recentemente, o TCE solicitou uma auditagem das contas da prefeitura de solicitou a apresentação de uma defesa por parte da Mangueira.

Depois de ser obrigado a mudar os planos de não voltar tão cedo para Cuiabá, Ivo afirma ter tido uma surpresa agradável ao chegar. Ele descreveu o dia na Capital de Mato Grosso como uma “viagem no tempo”, na qual ele pode relembrar o desfile que deu a Mangueira o prêmio máximo do jornal O Globo, o Estandarte de Ouro de Melhor Escola, após 20 anos sem a honraria.

“Aquele desfile ficou para história por vários motivos. Foi a primeira vez que usamos duas baterias. E a emoção daqueles momentos finais, quando o carro da borboleta prendeu na parte superior do arco. Foi aquilo que nos afastou das primeiras colocações, mas também emocionou muito, todo mundo torcendo por nós. E o desfile em si foi maravilhoso”, relembrou. “Eu nem tinha me tocado que domingo tem jogo do Flamengo aqui. Senão eu ficava aqui bebendo e me divertindo com os amigos até domingo”, completou, com risadas em seguida.