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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Indiciados empresário e ex-servidores por suspeita de desvio de dinheiro

Verba deveria ser usada para a construção de uma creche.

Ex-servidores são do município de Campo Novo do Parecis.

Um empresário de Cuiabá e dois ex-servidores da Prefeitura de Campo Novo do Parecis, a 397 km da capital, foram indiciados por suspeita de terem desviado parte do dinheiro destinado à construção de uma creche no município do interior do estado. O indiciamento foi divulgado nesta terça-feira (29) pela Polícia Civil. Os ex-servidores que trabalharam na Prefeitura até o dia 5 de junho deste ano teriam recebidos juntos cerca de R$ 80 mil. O inquérito policial foi concluído e deverá ser enviado à Justiça.

O caso estava sendo investigada havia 10 meses, após denúncia de desvio de dinheiro da obra pública. A polícia constatou que a construtora do empresário realizou três repasses aos ex-servidores públicos. Um dos depósitos no valor de R$ 30 mil teria sido feito na conta de uma empresa de propriedade do irmão de um dos ex-funcionários da prefeitura. Outro montante de R$ 25 mil teria entrado na conta corrente de uma ex-servidora, e um terceiro pagamento, de R$ 25 mil, teria sido feito no ano de 2012, durante o período eleitoral.

Segundo a polícia, os três suspeitos teriam desviado materiais comprados pela prefeitura destinados a outras obras do município para encobrir os desvios de verbas para a construção da creche. A unidade escolar infantil com custo previsto de R$ 902 mil, deveria ser construída com recursos do governo federal e municipal, pela construtora ganhadora da licitação.

A obra foi iniciada em 2 de setembro de 2012 e estava prevista para acabar em 2 de janeiro de 2013. Durante as investigações, os trabalhos foram paralisados, mas de acordo com a polícia, as obras foram retomadas recentemente, após rescisão do contrato com a construtora de Cuiabá e nova licitação.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a ex-funcionária confirmou durante interrogatório que recebeu o dinheiro a mando do outro ex-servidor, e que usou parte do valor para pagar um produtor de evento. Ela afirmou que não ficou com nenhuma parte dos R$ 25 mil depositados na conta bancária dela. No entanto, a polícia também confirmou que ao longo de dois anos essa ex-funcionária teve R$ 240 mil movimentados na conta, além do que recebia pela prefeitura.

O empresário confirmou os depósitos por meio de um representante. Ele não soube explicar porque os materiais foram entregues na obra. Já o outro ex-servidor negou os fatos e disse não ter nenhum tipo de relacionamento com o proprietário da construtora.

Ainda conforme a polícia, esse é o terceiro inquérito envolvendo um dos ex-servidores e o segundo com a outra ex-funcionária, todos relacionados a obras públicas.
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