Mato Grosso deve enviar para penitenciárias federais um total de 16 presos para unidades federais. Dentre esse montante, estão oito presidiários envolvidos diretamente em ações que resultaram na destruição de seis ônibus no último domingo (10) na cidade de Sinop (500 km de Cuiabá).

Agentes penitenciários cruzam os braços e revistas são suspensas; sistema prisional é monitorado

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Cuiabá, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, são pessoas que possuem poder de influências nas unidades prisionais e integram quadrilhas. “Como exercem função de liderança, o que é perigoso”.

Em abril deste ano, uma operação realizada pela Polícia Civil e Sejudh resultou na desestruturação de um grupo denominado ‘Comando Vermelho de Mato Grosso’ é apontada como a principal organização criminosa que, atualmente, comanda o tráfico de drogas, roubos e furtos, e explosões de caixas eletrônicos na região metropolitana de Mato Grosso, envolvida também em estelionatos, apologia ao crime, latrocínio e homicídios.

Nas investigações da Polícia, 255 membros da facção qualificados. Mas estima-se que facção tenha ultrapassado a casa de 420 membros batizados.

Apesar do protesto dos agentes penitenciários realizados neste final de semana e que resultou na suspensão das visitas às 65 unidades prisionais do Estado, Pôssas disse não temer represálias dos presos. “Nós mantemos um intenso diálogo, fazemos remanejamentos, dentro de uma proposta pacificadora, de um projeto de ressocialização”.
Ele ainda destaca que o sistema prisional – que hoje comporta a cerca de 9.8 mil detentos – vem sofrendo constante processos de melhorias. ‘Nosso foco é a ressocialização tendo 100% dos reeducandos que desejarem estudando e trabalhando”.