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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Notícias | Brasil

PF faz operação para prender quadrilha que fraudava programa Minha Casa Minha Vida

A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (17) uma operação para prender uma quadrilha especializada em fraudar o programa Minha Casa Minha Vida. A “Operação 1905”, feita em parceria com a CGU (Controladoria Geral da União), cumpriu oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF).


O nome da operação — 1905 — corresponde aos algarismos romanos usados para escrever a sigla do programa habitacional — MCMV. Dos oito mandados de busca e apreensão, seis foram cumpridos na capital paulista, um em Fortaleza e outro na capital federal.

De acordo com a PF, há servidores públicos envolvidos do esquema, que envolve instituições financeiras, correspondentes bancários e empresas de fachada. O grupo estaria desviando dinheiro para a construção de casas populares em cidades com menos de 50 mil habitantes.

Ainda segundo informações da PF, há indícios de que ex-servidores do Ministério das Cidades também estão ligados à quadrilha. Esses funcionários públicos têm conhecimento sobre o programa e suposta influência junto ao ministério, o que facilita o programa.

Por telefone, o Ministério das Cidades informou ao R7 que foi a própria pasta que solicitou ao ministro da Justiça, no dia 26 de abril, o início da investigação. Ao mesmo tempo, juntamente com a CGU, o ministério abriu uma sindicância interna para apurar as denúncias.

A participação dos ex-servidores era a de prestar serviços inexistentes e, em alguns casos, receber uma compensação financeira, que seria uma espécie de “pedágio”, a partir da cobrança de empresas contratadas para a construção de unidades habitacionais que jamais foram construídas.

As investigações apontam ainda que as empresas atuavam, ao mesmo tempo, na concessão e fiscalização das obras, na indicação das construtoras, medição das obras, liberação dos recursos e construção das casas, ou seja, o grupo investigado atuava em todas as fases do programa Minha Casa Minha Vida, acumulando funções incompatíveis entre si.

Os presos vão responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, estelionato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. No total, as penas podem atingir 32 anos de prisão. A operação foi realizada após determinação do Ministro da Justiça, a partir da veiculação de denúncias na imprensa.
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