A passagem do transporte coletivo de Várzea Grande será de R$ 2,70 a partir da zero hora desta sexta-feira (05). Nos últimos seis meses, o valor da tarifa foi de R$ 2,95. O anúncio partiu do prefeito Walace Guimarães (PMDB), durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (03), em resposta ao clamor das ruas, revelados em três manifestações realizadas na Cidade Industrial, nas últimas semanas.

Exigência de aumento da tarifa causa revolta e vereadores cobram abertura de ‘caixa preta’
Apesar de AMTU calcular tarifa a R$ 3,41, Mendes nega aumento

“Tomamos a decisão com extrema responsabilidade, após estudo do impacto no bolso do usuário e na saúde financeira do sistema”, afirma ele, ao lembrar que irá se esforçar para que não haja reajuste tarifário nos próximos 12 meses.

Além de reduzir o valor da tarifa, Walace determinou maior rigor na fiscalização dos horários, idade da frota e climatização dos ônibus da União Transportes, detentora do monopólio para exploração do sistema. Ele disse que se não houver sensível melhora, a tendência é abrir licitação para o transporte alternativo – microônibus – operar no município.

O transporte seletivo – ônibus com ar condicionado e em que os passageiros só andam sentados – também é outra alternativa analisada pela administração municipal.

A União Transportes possui contrato de exclusividade na exploração do sistema até meados de 2016. “Nossa gestão não irá medir esforços para serviço de qualidade e eficiência”, afiança o prefeito varzeagrandense.

Walace Guimarães disse que, além do transporte alternativo, já determinou que a Secretaria de Trânsito e Transportes Urbanos (STTU) inicie o estudo de viabilidade técnica da volta dos cobradores e a implantação do passe estudantil, já que atualmente os alunos pagam 50% do valor da tarifa.

“Mas, sejamos justos: o passe livre seria exclusivo para os alunos da rede pública municipal”, pontua Walace.

O presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Doutor Waldir Bento Costa (PMDB), ao lado de Walace e da vereadora Mirian Pinheiro (PHS), disse que retirou de pauta o projeto que previ a volta dos cobradores porque aguarda o estudo do Poder Executivo.

“Não teria razão de ser a STTU investir num estudo técnico de alto valor agregado para, depois, ser desprezado pela Câmara Municipal. Então, devemos aguardar o resultado desse levantamento”, justificar Doutor Waldir.

Autora do projeto, Mirian Pinheiro garante que não vai desistir da luta. A Câmara de Várzea Grande está em recesso parlamentar até o dia 6 de agosto.