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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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TRAGÉDIA NA BEIRA RIO

Advogado diz que autora de atropelamento se arrepende: “Ela sente a dor do que aconteceu”

Foto: Olhar Direto

Carlos Braga faz a defesa de Daniele.

Carlos Braga faz a defesa de Daniele.

O advogado de defesa de Daniele Corrêa da Silva, 24, motorista do carro que atropelou e matou o universitário Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, 21, relatou que a jovem se arrepende e sente a dor de ter causado o acidente na avenida Beira Rio, em Cuiabá. Daniele prestou depoimento por duas horas ao delegado José Carlos Damian, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), na tarde desta quinta-feira (8). 


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Com a cabeça coberta pelo capuz de uma blusa, Daniele entrou pelos fundos da delegacia por volta das14h, para despistar a imprensa que a aguardava no local. Na saída, deixou a delegacia no carro do advogado. 

Antes de partir, o advogado Carlos Braga falou rapidamente com a imprensa. Ao ser questionado sobre o arrependimento de Daniele, ele foi enfático ao responder. “Claro. Ela sente a dor do que aconteceu. Ninguém imagina passar por uma situação dessas. É um acidente, infelizmente aconteceu. Ela vai assumir as responsabilidades dela. De acordo com a culpabilidade, ela vai responder na Justiça”, declarou.

O jurista afirmou que a jovem sempre esteve disposta a contar toda a verdade e esse, inclusive, seria um dos motivos pelos quais ela trocou de advogado. Inicialmente, a defesa dela seria realizada por um dos advogados de Diogo Pereira Fortes, proprietário do Honda City. “Segundo ela, a troca aconteceu em decorrência dessa meia verdade. A intenção da Daniele sempre foi relatar toda a verdade”, esclareceu Carlos Braga.

Ainda segundo a versão do advogado de defesa da jovem, na madrugada do dia 2 de setembro, quando houve o acidente, Daniele não teria percebido o atropelamento e pensou ter colidido em uma caminhonete. “Não, não percebeu, não percebeu. Ela falou que tinha colidido com um veículo, uma caminhonete”, diz.

“Em nenhum momento ela se furtou de vir aqui ou de algum tipo de responsabilidade. O próprio delegado que marcou [a oitiva] para a gente comparecer aqui na quinta-feira, conforme foi designado, a gente compareceu”, finalizou.

Daniele vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Versão

Diogo, que trabalha como guarda noturno, foi ouvido na segunda-feira (5). As versões apresentadas pelos envolvidos são diferentes: enquanto o dono do Honda City diz que a amiga pegou o carro sem autorização, ela afirmou ao delegado que Diogo havia ingerido álcool e, por isso, ela assumiu a direção. 

"Ele sabia que ela não tinha CNH, permitiu que ela conduzisse o carro. Não me sinto confortável de dizer [qual é a 'meia verdade'], envolvem questões pessoais e profissionais do proprietário do carro", explicou Carlos Braga. 
 
Dono do carro disse que estava comendo lanche 

Em seu depoimento, Diogo disse que estava comendo um lanche no momento do acidente e, por isso, não percebeu quando o jovem foi atropelado. De acordo com Damian, após o atropelamento os amigos trocaram de posição e Diogo dirigiu o Honda City até a casa de Daniele. 

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Em seguida, o guarda noturno voltou para o trabalho, já que estava no horário de intervalo. Quando chegou no local, ele teria percebido que o carro estava danificado e fez ligações para o Ciosp para saber se o veículo havia se envolvido em acidente. 

Foram 12 ligações segundo a defesa de Diogo que, assim que saiu do trabalho, por volta de 6h30, voltou à distribuidora onde Frederico foi atropelado para saber o que havia acontecido. Ele chegou a dizer que os dois tiveram medo de descerem para ver o que havia acontecido e serem linchados. 

"Ela achou que tinha batido em uma caminhonete. Ela disse que sabe dirigir, que é experiente no volante. Ela não conseguiu ver no que bateu. Ela fala que ele estava dormindo. Ele estava com o lanche no carro, fez metade do lanche no Hulk e estava levando o resto para o serviço", explicou o delegado Damian.

A placa e o para-choque do carro, segundo o delegado, não foram deixadas no bairro Dom Aquino. Elas teriam caído do veículo por conta do acidente. “Ninguém abandonou placa. A placa caiu. É diferente de abandonar”, disse.
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