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Domingo, 19 de maio de 2024

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OPERAÇÃO FALSO ÁLIBI

Arthur Garcia explica mandado de busca e apreensão e diz que delegado da PF pediu desculpas

Foto: Reprodução

Arthur Garcia explica mandado de busca e apreensão e diz que delegado da PF pediu desculpas
O repórter Arthur Garcia deu sua versão dos fatos após ser alvo de mandado de busca e apreensão na manhã de hoje (11), durante a Operação Falso Álibi da Polícia Federal contra crimes de exploração sexual infantil, notadamente condutas envolvendo o comércio e a distribuição de imagens de pornografia. Segundo Garcia, o delegado responsável pelo caso pediu desculpas e confirmou a lisura dele nas investigações após análise do aparelho celular. 


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Ao vivo no Programa do Pop, ele reproduziu alguns áudios da conversa com um homem que se passava por delegado. Garcia revelou que foi procurado em 11 de agosto de 2021 pelo falsa autoridade denunciando crimes de pedofilia que aconteceriam em um grupo de Whatsapp. 

"O titular do grupo é de Mato Grosso, não sei te dizer de qual região, mas vou te mandar os prints de tudo que eu tenho. Se você quiser o vídeo, te mando. Tentei fazer a denúncia, passar para Polícia Civil daí [de Mato Grosso] e tá retornando pra mim [o email], já mandei três vezes e está retornando para seguir o procedimento por aí", diz o áudio recebido por Arthur e reproduzido ao vivo no programa. 

Esse interlocutor também teria enviado imagens que comprovariam o crime. Garcia alega que achou as imagens repugnantes e que sequer baixou todo o conteúdo e mostrou isso ao delegado da Polícia Federal, que teria reconhecido ausência de conduta criminosa. 

Arthur contou, também, que durante conversa com a falsa autoridade policial, recebeu print com número do administrador do grupo com DDD 65, indicando cadastro em Cuiabá. Na sequência, o repórter disse ao falso delegado que iria comprar um chip para entrar no grupo com número falso e assim investigar o administrador.

Depois disso, o falso delegado respondeu e disse a Arthur que poderia mandar mensagem para ele a qualquer horário e continuou enviando videos, que segundo Garcia, nunca foram abertos. 

"Vasculharam tudo, tenho mais de cinco HD's, material digital, notebooks, computadores, tudo foi analisado. Eles levam todo aparato de tecnologia, que é vinculado ao crime cibernético. Vai uma equipe altamente qualificada da Polícia Federal. Eles fizeram levantamento em todos, não encontraram nada, nenhum arquivo contendo material pornográfico, pornografia infantil, não encontraram nada disso divulgando em outros grupos. Eles acabaram ficando com um celular antigo que eu tenho, eles não conseguiram buscar alguns arquivos. O que eu tenho, que uso, está comigo", disse. 

Ainda ao vivo, Arthur disse que já investigou alguns casos de crimes de pedofilia e que isso pode ter influência na investigação da PF. Depois de um processo judicial por conta da reprodução de um vídeo em que as vítimas não eram identificadas, o repórter disse ter desistido de apurar casos semelhantes. 

Por fim, Garcia afirmou que o delegado pediu desculpas pelo ocorrido e que ficou comprovado a lisura dele na investigação. "O delegado finalizou pedindo desculpas ao admitir que houve um erro", contou Garcia. 
 

Operação Falso Álibi

Os alvos são pessoas investigadas por trocarem, armazenarem e divulgarem imagens de exploração sexual infantil e links de comercialização desse material por meio de grupos de aplicativos de mensagens. Inclusive, restou comprovado que um dos alvos integrava vários grupos desses aplicativos, compartilhando esse tipo de material.

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação reporta-se ao modo de agir dos investigados que, a pretexto de denunciarem essa prática criminosa, participavam ativamente do oferecimento, troca, distribuição dessas imagens.

Um deles, inclusive, ainda se passava por delegado ambiental federal, chegando a fornecer o endereço da Polícia Federal em Jataí em alguns cadastros, tudo a indicar a tentativa de criação de um falso álibi. Ele foi preso em Mineiros (GO) e na ocasião, os agentes apreenderam vários "uniformes" e documentos falsos.
 
A operação contou com cerca de 13 policiais federais, que cumpriram quatro mandados judiciais, sendo três de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Mineiros/GO e Cuiabá/MT.  

A pedofilia na internet corresponde à produção, publicação, venda, aquisição, troca, armazenamento de pornografia infantil por meio de páginas da web, e-mail, salas de bate-papo ou qualquer outro meio. 

Para efeito dos crimes previstos no ECA, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. 

Os investigados poderão, neste momento da investigação, ser enquadrados nos crimes de distribuição e armazenamento de material contendo pornografia infantil, previstos no art. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas somadas podem atingem 10 (anos) anos de reclusão. 
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