Com os agricultores em busca de áreas de pastagens degradadas para aumentar a área plantada com grãos em Mato Grosso, os pecuaristas buscam alternativas para fazer a "terminação" do gado para o abate. E o melhor caminho, nestas circunstâncias, é colocar os bois no confinamento.

Apesar de os custos para confinar gado no Estado caminharem contra a opção de confino, já que o milho está valorizado e o boi magro também é ofertado a preços altos, o avanço do agro deve influenciar positivamente para o crescimento da atividade do confinamento neste ano, prevê o último boletim da bovinocultura, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Os investimentos no sistema intensivo de terminação devem aumentar, principalmente, nas regiões produtoras de grãos, “sendo reflexo dos bons resultados alcançados pela agricultura, justamente nas regiões onde se registrou o maior crescimento do confinamento no último ano”, diz o documento do Imea.

A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) prevê crescimento de até 15% do volume de bovinos a serem engordados no confino em todo o país. Segundo o Imea, o porcentual nacional parece estar próximo do cenário visualizado para Mato Grosso.

“Isto, apesar do atual cenário do mercado não favorecer muito este avanço, em razão dos aumentos dos custos e também com relação aos menores preços pagos pela arroba do boi gordo”, detalha o boletim.

O preço da arroba pago aos pecuaristas está em queda há algumas semanas. Na região Noroeste mato-grossense, a arroba ficou cotada a R$ 81,56 na semana anterior; no Norte R$ 82,15, Nordeste R$ 80,95, Médio Norte R$ 82,95, Oeste R$ 84,11, Centro Sul R$ 84 e, Sudeste, R$ 82. A baixa no preço foi de R$ 1 a R$ 4 por arroba, de acordo com a região.

Atuailizada às 12h15.