A bancada de deputados federais de Mato Grosso está dividida com relação à escolha do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Presidência da Câmara Federal. A eleição, que começa às 19h desta quarta-feira (13), conta com 14 candidatos disputando os 513 votos, até a publicação desta matéria. Dos 17 que se inscreveram, três já desistiram. Os mais votados devem ser Rogério Rosso (PSD-DF), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Marcelo Castro (PMDB-PI). A eleição deve ser decidida em dois turnos.

Leia mais:
Bancada federal decide priorizar construção de três hospitais regionais em MT na LDO
 
A reportagem apurou que o candidato que deve receber o maior número de votos mato-grossenses é Rodrigo Maia (DEM-RJ). Candidato do bloco que compunha a antiga oposição, ele foi cotado para ser líder do governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), na Câmara. O deputado terá o apoio de Nilson Leitão (PSDB), Adilton Sachetti (PSB) e Fábio Garcia (PSB), todos seguindo a orientação partidária.

Em seguida, está Marcelo Castro (PMDB-PI), que tem garantidos os votos dos dois peemedebistas: Carlos Bezerra e Valtenir Pereira. O deputado é aliado de Temer, embora não seja seu candidato favorito (o presidente prefere Rogério Rosso), e fez forte oposição a Eduardo Cunha ao longo da gestão do correligionário.

Por isso, há chances de que os petistas apoiem sua candidatura. A ex-ministra Maria do Rosário (PT-RS) chegou a se candidatar, porém, acabou recuando. Com isso, o PT ainda está decidindo se apoia um candidato aliado para marcar posição, que poderia ser Luiza Erundina (PSOL-SP), ou se apoia Marcelo Castro, que tem chances de ser eleito.

“O PT tem que decidir entre marcar posição ou reduzir danos. Marcelo Castro sempre foi contra o impeachment e tinha posições semelhantes às nossas na questão da reforma política. Os outros com chances de ganhar têm posições conservadoras, o que prejudicaria a população nas pautas-bomba e nos projetos que tiram direitos dos trabalhadores”, analisou Ságuas Moraes (PT) em entrevista ao Olhar Direto. Apesar de defender o nome de Castro, ele promete votar conforme a orientação partidária.

Valtenir também defendeu o nome do peemedebista. “Pelo que conheço do Marcelo Castro, ele não ficará submisso ao governo federal. Ele tem diálogo com a oposição, e principalmente com o governo, e é muito conciliador. Além disso, a vaga é do PMDB, pela proporcionalidade”, argumentou.

O deputado Ezequiel Fonseca (PP) informou que votará em Esperidião Amin (PP-SC), o candidato de seu partido. Um eventual apoio a outro candidato deve ser decidido no segundo turno, se Amin não ficar entre os dois mais votados. "Ele já foi governador de Santa Catarina, tem experiência de gestão, e isso conta muito a favor dele", disse o parlamentar. 

A reportagem entrou em contato também com Victorio Galli (PSC), que até o fechamento desta matéria não havia definido seu voto. 

O parlamentar a ser eleito cumprirá, até fevereiro de 2017, o mandato do deputado afastado Eduardo Cunha, que renunciou na última quinta-feira (7) à Presidência da Casa de Leis.

Confira como devem votar dos deputados de Mato Grosso:



Atualizada às 15h41 e 17h48.