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Sábado, 18 de maio de 2024

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Operação Xeque Mate

Casal preso abriu concessionária para lavar dinheiro de organização criminosa; veja nomes dos alvos

Foto: Reprodução

Valdelírio e Viviane são casados e tinham a concessionária para lavagem de dinheiro.

Valdelírio e Viviane são casados e tinham a concessionária para lavagem de dinheiro.

Dos dez alvos da operação Xeque Mate, deflagrada pela Polícia Civil na manhã de hoje (04), sete foram presos. Entre eles, o casal Valdelírio Krug e Viviane Menegazzi (foto em detalhe), proprietários de uma concessionária especializada na compra e vendas de veículos de luxo na cidade de Sorriso (420 km de Cuiabá). As investigações comprovaram que a empresa foi criada unicamente para a lavagem de valores da associação criminosa responsável por movimentar R$ 70 milhões.


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A operação inclui 10 mandados de prisões preventivas e 14 buscas e apreensões domiciliares, além do afastamento de sigilo e sequestro de bens. A atuação do grupo criminoso era, inicialmente, na diluição dos produtos de roubo e furto de defensivos agrícolas.

Foram presos na operação: João Nassif Massufero Izar, Valdelírio Krug, Viviane Menegazzi, David dos Santos Nascimento, Danilo Pereira Lima, Cassiane Reis Mercadante, e Rodrigo Calça. Estão foragidos: Sandoval de Almeida Júnior, Ângelo Markosi da Cunha e Mauri Moreira da Silva.

Conforme apurado pela Polícia Civil, João Nassif seria o líder da quadrilha e agia em diversas frentes, especialmente na receptação qualificada de defensivos agrícolas e de cargas de grãos roubados. Em 2019, ele foi condenado por contrabando de agrotóxicos.

A investigação também chegou ao professor da rede básica de ensino, David Nascimento. Na declaração dele à Receita Federal, o rendimento bruto chegava a quase R$ 10 mil mensais. No entanto, em nome do professor constatou que, no período de 38 meses ele, teve creditado em suas contas bancárias a quantia de R$ 6.679.267,51.

João Nassif e David Nascimento.
Da esquerda para direita, líder da associação, João Nassif e professor David Nascimento.
 
Ou seja, o rendimento mensal real seria de, aproximadamente, R$ 175 mil, o que foi comprovado que era oriundo de diversas fontes ilícitas, sendo uma delas o comércio ilegal de defensivos agrícolas roubados.

Já Danilo Pereira trabalhava em uma farmácia e tinha um rendimento mensal do salário de R$ 2, 4 mil. Porém, ele movimentou em suas contas bancárias a quantia de R$ 1, 446.857,12 milhão e reside em um imóvel no valor de R$ 500 mil.

A movimentação de ambos profissionais é de aproximadamente R$ 8,1 milhões. 

Investigação

A apuração realizada pela Delegacia de Sorriso identificou que a associação criminosa armada agia em diversas frentes, especialmente na receptação qualificada de defensivos agrícolas e de cargas de grãos roubados.

Apurou ainda que os defensivos agrícolas eram comprados de associações criminosas especializadas neste tipo de atividade criminosa, depois, eram revendidos a outros receptadores, que figuravam como “consumidores finais”.

De acordo com a Polícia Civil, a Concessionária V.Motors Veículos era usada para lavar de dinheiro. Outra atividade utilizada pelo grupo criminoso para diluir o dinheiro era a compra e venda de joias.

O pequeno volume e alto valor de joias, relógios e diamantes tornaram atrativa a atividade para esquentar seus ativos. Um dos integrantes da quadrilha fazia, periodicamente, a oferta de joias para venda, especificamente para traficantes.

Logo, além do dinheiro faturado pela empresa ser de origem ilícita, ainda existe uma diferença entre faturamento e movimentação financeira no montante de R$ 55 milhões.
 
Nos 38 meses de atuação da associação criminosa, a Polícia Civil apurou que o patrimônio dos investigados, adquirido com valores lavados nas atividades ilícitas ultrapassou R$ 70 milhões.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Sorriso, Nova Canaã do Norte, Cuiabá e em Toledo (PR).

A Operação Xeque Mate tem a participação de equipes da Delegacia Regional de Sinop, Delegacia Regional de Nova Muti, Diretoria Metropolitana e Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil.
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