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Sexta-feira, 24 de maio de 2024

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O PAI DO REAJUSTE

Criador do RGA em 2004, Blairo Maggi afirma que servidor não pode pagar por descompasso na inflação

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Blairo Maggi recorda que pagou muitas dívidas com servidores, herdadas de governos anteriores

Blairo Maggi recorda que pagou muitas dívidas com servidores, herdadas de governos anteriores

Alvo de críticas indiretas por setores do governo de Mato Grosso, o ministro da Agricultura, senador licenciado Blairo Maggi (PP), esclareceu que criou a Revisão Geral Anual (RGA) nos salários dos servidores públicos por uma questão de justiça. “Sim, foi criada uma lei que obriga o Estado a repor as perdas inflacionárias para os servidores públicos, uma vez que acho injusto que o servidor seja prejudicado. Ele não pode pagar pela alta da inflação”, justificou Maggi, nesta segunda-feira (13), durante café da manhã com jornalistas, em seu escritório, no Edifício Concorde, em Cuiabá.


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Partiu do então governador e hoje ministro Blairo Maggi o projeto que se tornou a lei 8.278/2004, estabelece a revisão anual da remuneração e do subsídio para os servidores. Todavia, o artigo 3° da mesma lei destaca também a necessidade da capacidade financeira do Estado para concessão do reajuste.

Blairo Maggi lembrou para a reportagem do Olhar Direto   que, ao deixar o governo em março de 2010, Mato Grosso consumia 37,8% das receitas correntes líquidas em despesas com pessoal, muito abaixo dos atuais 50,5% registrados em maio de 2016.
 
“[O pagamento do RGA] É uma situação que deve ser respondida pelo atual governo. Eu passei pelo governo e sei o grau da dificuldade que é, porque as despesas são crescentes e muitas vezes as receitas não acompanham. Por mais que Mato Grosso continue indo bem na agricultura, a crise nacional afeta outros serviços e tem uma contribuição menor no bolo tributário estadual”, argumentou Maggi, ao lado do senador José Aparecido Cidinho Santos (PR).

O ministro da Agricultura observou que, como sugestão ao atual governo, pode propõe negociar com muita tranqüilidade. “É continuar a dialogar com muita transparência e mostrar que não há a possibilidade, neste momento. E como isso deverá ser feito, no futuro; como se vai fazer”, ponderou ele.

“Nós já vivemos essa história no passado. Eu cheguei [como governador] em 2003 e havia volume grande de recursos que os servidores não tinham recebido. Muitos processos viraram cartas de crédito e ações na Justiça.  Depois, nós acertamos tudo”, recordou Maggi. Ele não quis avaliar o que teria falhado nas conversações da equipe econômica do governador José Pedro Taques (PSDB) com o Fórum Sindical.

“Deve se negociar com muita tranqüilidade e cartas na mesa. Com boa negociação, se chega a um bom termo”, definiu ele.
 
A última proposta do governo de Mato Grosso sobre o RGA é de pagamento de 6% em três parcelas de 2% até abril de 2017, retroativo a maio deste ano.  Os demais 5,28% seriam abatidos quando o Estado não ultrapassar o limite de 49% imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A maioria das categorias recusou a proposta.
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