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Domingo, 28 de abril de 2024

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nega motivação política

Delegado diz que irá realizar oitiva formal após lulista esfaqueado por colega deixar hospital

Foto: Só Notícias

Delegado diz que irá realizar oitiva formal após lulista esfaqueado por colega deixar hospital
O delegado Ugo Ângelo Reck de Mendonça, responsável por conduzir o inquérito da tentativa de homicídio contra Luís André Silva Saraiva, 33 anos, registrada no último dia 2 de outubro, em Sinop (480 km de Cuiabá), disse que irá realizar oitiva formal após ele receber alta médica. Luís precisou ser internado no Hospital Regional depois de ser esfaqueado pelo colega de quarto Lucas Silva. Segundo testemunhas, eles teriam feito uma aposta sobre quem venceria as eleições para presidente do Brasil. 


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Reck destacou que, apesar de no dia da ocorrência ter surgido a informação de que o crime teria ocorrido em razão de uma discussão política, esse dado não foi confirmado até o momento.

“O crime ocorreu no domingo de eleições, o que pode ter fomentado a versão de que o fato teria motivação política, o que não foi confirmado pela vítima. As investigações seguem em andamento e novas informações podem surgir e ajudar a esclarecer os fatos e a motivação do crime”, disse o delegado.

A Polícia Civil informou que a vítima foi ouvida informalmente no hospital pela equipe da investigação da Delegacia de Sinop. Na ocasião, Luís teria relatado que no dia dos fatos estava dormindo, quando acordou sendo esfaqueada pelo suspeito, que é usuário de drogas. Segundo a Polícia Civil, Luís negou que os fatos tivessem motivação política. 

As diligências para apurar a tentativa de homicídio estão em andamento e testemunhas ainda serão ouvidas para esclarecimento total dos fatos, assim como para localização do autor do crime, que continua foragido.

Entenda

Lucas acreditava que o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria a disputa presidencial no primeiro turno com 70% dos votos, o que não aconteceu. Lula (PT) teve 48,43%, enquanto Bolsonaro 43,20%. Eles irão disputar o segundo turno no próximo dia 30. 

Luís estava em Mato Grosso há cerca de três meses e conheceu Lucas na fazenda onde trabalhava. A mãe da vítima, Francisca Carmo, mora na cidade de Getulina, interior de São Paulo, e após 20 horas de viagem, chegou a Sinop nessa quarta-feira (5). 

No Hospital Regional de Sinop, Francisca recebeu a informação de que o filho se encontra estável, depois de passar por duas cirurgias. Na unidade, Francisca também conversou com Luís sobre as circunstâncias da tentativa de homicídio. 

Segundo ela, o filho e o colega pensavam de maneira diferente sobre a política do Brasil. "Eles vinham discutindo há semanas por bobeiras, cada um tem um modo de pensar e eles não estavam se entendendo. Inclusive no dia do atentado o Lucas não estava em casa, havia saído. Quando Lucas retornou para casa, ele [Luís] estava dormindo", disse em entrevista ao Olhar Direto

"Nem ele acreditou que o colega era capaz de fazer aquilo por bobeira. Ele estava dormindo, inclusive de pijama, quando o Lucas voltou e já foi cobrando dele. Enfim, ele sobreviveu porque ele lutou, tomou a faca, mas desacordou", acrescentou Francisca, enquanto aguardava na Delegacia de Sinop para conversar com o delegado na manhã de hoje (6). 

Era por volta das 22h quando os vizinhos ouviram os gritos saindo da quitinete, no bairro Jardim das Palmeiras, onde ambos estavam morando. Luís André já estava caído no meio da rua com forte sangramento por conta do esfaqueamento. Foram sete golpes na região das costas e peito. 

Mesmo agonizando e pálido, Luís relatou a uma pessoa que tentou socorrê-lo que Lucas teria perdido uma aposta e por isso teria ficado com raiva. "Foi o Lucas, foi o Lucas", avisou Luís. "Ele perdeu a aposta que Bolsonaro ganharia no primeiro turno e não ganhou" teria dito a vítima antes de desmaiar. 

Em entrevista à imprensa local, o delegado do caso, Ugo Ângelo Reck, disse que ouviu Luís na unidade de saúde e que ele teria dito não haver divergências políticas entre ambos. "Ele ainda não esclareceu o motivo dessa agressão por parte do suspeito, mas ele afirmou que não é de cunho político", contou. A mãe da vítima, no entanto, sustenta que o rapaz estava em coma. Já outras pessoas próximas do petista dizem que ele teria sido coagido. A intenção da Polícia seria, segundo testemunhas, "distorcer" os fatos para abafar a relação por motivação política. 

A versão de duas testemunhas ouvidas pelo Olhar Direto também é totalmente diferente do relato do delegado. Assim como a mãe da vítima, elas afirmam com veemência que houve o desentendimento entre ambos por conta de divergências políticas. "Eles estão tentando abafar, distorcer, para não dizer que houve motivação política", relata uma das testemunhas. 

O boletim de ocorrência registrado pelo 11º Batalhão da Polícia Militar de Sinop, na noite do crime, também relata que a discussão teria ocorrido por desavença política. 
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