O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB) defendeu a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, que pretende ser candidato a presidente, ter duas chapas na eleição para a próxima Mesa Diretora, em setembro, fortalece o Poder Legislativo. Ele considera inviável, no entanto, a formação de três chapas.

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“O falar é a alma do Poder Legislativo. A disputa é da natureza do Poder Legislativo. Se não houver o consenso, não vejo como anormal ter duas chapas disputando. Três eu acho mais difícil, porque tem que ter a maioria absoluta dos votos e aí teria que ter um segundo turno. Dificilmente se chega a três chapas. Nunca ocorreu. Mas ter duas chapas é salutar”, defendeu.

Atualmente, além de Pinheiro, se articulam para encabeçar chapas o atual presidente, Guilherme Maluf (PSDB), e o atual vice-presidente, Eduardo Botelho (PSB). Este último teria o apoio do governador Pedro Taques (PSDB), segundo fontes do Legislativo.  Apenas Pinheiro é candidato de oposição, tanto à atual Mesa quanto ao governo estadual.

Na avaliação do oposicionista, ter dois candidatos à presidência permite haver mais debate de propostas e posicionamentos dos deputados – daí viria o fortalecimento da Assembleia Legislativa.

“Com a disputa vão apresentar mais propostas, dar mais satisfação, se expor mais. Vai tornar mais transparente suas propostas, seu trabalho e o próprio Poder Legislativo. Quem ganha com isso é o poder e a sociedade. O Poder Legislativo precisa se fortalecer e o processo sucessório de alto nível com debate de ideias, propostas e posicionamentos engrandece o Legislativo. Não vejo nenhum problema em ter disputa para a sucessão do Guilherme Maluf”, disse.

Dos três grupos hoje na disputa, dois sofreram um baque nos últimos dias. A decisão do governador de apoiar Botelho provocou um “racha” tanto no grupo de Maluf, que pode perder aliados para Botelho, quanto no de Pinheiro. Oscar Bezerra (PSB) ameaça deixar o cargo de candidato a 1º secretário na chapa de oposição, sob a alegação de que Pinheiro foi desrespeitoso com os colegas ao dizer que teria havido troca de votos por emendas. O peemedebista, por sua vez, negou ter feito qualquer declaração nesse sentido, o observou que Bezerra pode estar procurando um motivo para rediscutir o grupo.