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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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após seis anos

Família ainda cobra pela prisão de cuiabano suspeito de matar enteado em Portugal

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Família ainda cobra pela prisão de cuiabano suspeito de matar enteado em Portugal
Passados seis anos desde que Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi brutalmente assassinado em Portimão, Portugal, a família ainda aguarda pela prisão do principal suspeito, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. O acusado era padrasto da vítima e abandonou o país logo após a morte do enteado. Desde então, estaria morando no bairro Tijucal.


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Rodrigo foi encontrado morto em um terreno a 100 metros da casa dele. Luvas de látex que estavam juntas ao corpo foram analisadas e a perícia apontou a presença de DNA do cuiabano nelas. Joaquim foi indiciado por homicídio qualificado e profanação de cadáver.

Em depoimento prestado a dois policiais portugueses que vieram à capital mato-grossense e agentes da Polícia Federal, em junho de 2019, o acusado limitou-se a dizer que não sabia e nem se lembrava do crime. Meses antes, agentes da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal estiveram na capital mato-grossense e encontraram o celular que era utilizado pelo adolescente.

De Portugal, Sônia Afonso administra uma página no Facebook, com mais de 40 mil curtidas, que pede justiça pela morte do garoto. Ela disse que aguarda pelo dia que poderá ver o responsável respondendo pelo crime.

“Há 6 anos que mantemos a memória deste menino viva nos nossos corações. Queremos acreditar que as entidades responsáveis irão cumprir o seu juramento e fazer um trabalho de excelência. Queremos acreditar que o excelentíssimo juiz fará um trabalho eticamente correto. Este menino precisa de descansar em paz”, disse. 

Sérgio Lapa, pai de Rodrigo, relatou que passou muitas noites sem dormir e atualmente faz uso de medicação. 
“O meu sentimento, após seis anos de dor é de muita revolta”.  

Com relação ao procedimento judicial, o advogado português Pedro Proença afirmou que não obteve mais resposta da justiça brasileira. “Penso que o processo está parado. É uma situação intolerável. Queremos o julgamento do acusado. Não há justificativa para essa situação”, disse.

Após conclusão da investigação, o Ministério Público de Portugal enviou o processo ao Brasil. Em 2020, Proença enviou cartas ao presidente Bolsonaro e ao então ministro da Justiça, Sérgio Moro, em um apelo pela conclusão do caso.  

“Não quero acreditar que a justiça do Brasil esteja pactuando com isso. As cartas para o presidente do Brasil e para o ministro da Justiça foram entregues por mala diplomática. A justiça brasileira tem todas as provas incriminatórias em seu poder.

Entenda

O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente.

O adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2016, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Exames complementares apontam que o jovem foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto.

Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Barreto, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.

Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado.

De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.
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