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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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operação arqueiro

Governo deve ser o primeiro a pedir investigação, diz Bezerra sobre operação na Setas

Foto: Lucas Bólico - OD

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do secretário Jean Estevan Campos Oliveira

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do secretário Jean Estevan Campos Oliveira

O presidente estadual do PMDB deputado federal Carlos Bezerra defendeu uma profunda investigação para apurar as denúncias de fraude em convênios da Secretaria estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas) com empresas que deveriam prestar serviços de qualificação de trabalhadores para a Copa do Mundo.


De acordo com o Ministério Público Estadual, por meio do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária) e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contratos de cerca de R$ 20 milhões foram fraudados e apostilas continham conteúdo adulterado e pejorativo sobre municípios de Mato Grosso.

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No material, as histórias das cidades de Poconé, Santo Antônio do Leverger e Barão de Melgaço, que fazem parte da Baixada Cuiabana, foram apresentadas de maneira a ridicularizar a imagem de cada município.

Ao tomar ciência da operação Arqueiro através do Olhar Direto, Bezerra classificou o fato como uma total falta de respeito à população de Mato Grosso.

“Não acredito que isso pode ter acontecido. É um desrespeito. Um fato extremamente grave. É o Teatro do Absurdo. O governo deve ser o primeiro a liderar as operações e a investigar a fundo”, declarou em entrevista ao Olhar Direto.

A cidade de Cáceres, por exemplo, segundo o livro apreendido pelo Gaeco e pelo Naco, teria sido fundada “por um grupo de excomungados gatos de botas que carregavam bandeiras, índios tabajaras, freiras lésbicas e celibatárias e fugitivos de um circo de horrores holandês.

Barão de Melgaço é retratado como um pântano, com apenas 2,5% de terra firme. Em outro trecho do livro, a cidade é chamada de ‘um atoleiro inóspito’ e de ‘porcaria’, além de outros trechos impublicáveis.

Agentes do Gaeco fizeram busca e apreensão no gabinete do secretário Jean Estevan Campos Oliveira. Há exatos três meses, no dia 28 de fevereiro, a esposa do governador Silval Barbosa (PMDB), Roseli Barbosa, deixava o comando da Setas.

Foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça, porém o objeto da Operação ainda não foi informado pelo MPE.

Segundo o MPE, nos últimos dois anos a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) e Concluir receberam do Estado quase R$ 20 milhões para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros. Para obterem êxito nas contratações, nomes de “laranjas” foram utilizados pelos fraudadores. A qualidade dos cursos oferecidos também está sendo questionada.

A Secretaria de Trabalho e Assistência Social, por meio de nota informou que por determinação superior vai colaborar com a investigação deflagrada por ordem judicial, a pedido do Ministério Público, no que diz respeito a Operação Arqueiro.

Também foi determinada que a Auditoria Geral do Estado (AGE) apure possíveis irregularidades em programas de responsabilidade da Setas-MT. Segundo a nota, parte dos documentos apreendidos na tarde desta terça-feira já haviam sido entregues ao MPE.
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