O idoso Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, procurou na última terça-feira (30), a Delegacia de Polícia de Sinop (a 480 km de Cuiabá), para confessar que matou, em 1994, a esposa, Luzinete Leal Militão de 28 anos, motivado por ciúmes, porque ela gostava de sair de noite. De acordo com informações da Polícia Civil, na época, a mulher tinha um filho de 10 anos de um relacionamento anterior, e um segundo filho de oito anos, fruto do casamento com o suspeito.
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O idoso confessou ao delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça, que matou a mulher com uma barra de ferro, quando ela estava deitada em uma cama e depois finalizou asfixiando a vítima até sua morte completa.
Segundo ele, o corpo da mulher foi enterrado no banheiro da casa que estava em obra, junto com documentos pessoais e jóias, para simular que ela havia fugido com um amante, argumento este que sustentou todos esses anos junto aos dois filhos.
Ainda em depoimento, o suspeito contou que certo tempo depois vendeu o imóvel para uma terceira pessoa. Esse comprador foi identificado e afirmou a Polícia Civil ter comprado a casa dele.
O delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça disse que foi representado junto ao Poder Judiciário por autorização judicial para escavar o local, visando encontrar os restos mortais da vítima, bem como outras provas que possam comprovar a materialidade dos fatos.
A Polícia Civil também conseguiu encontrar nos arquivos da Delegacia de Sinop, um boletim de ocorrência feito a mão pelo suspeito, no dia 21 de outubro de 1994, narrando o desaparecimento da esposa.
“A princípio a chance de localizar o corpo da vítima é bem alta. O suspeito disse que resolveu procurar a polícia, pois bateu arrependimento. Mesmo que o homicídio tenha prescrevido, o crime de ocultação de cadáver é permanente, fato esse que o suspeito poderá ser responsabilizado criminalmente”, destacou o delegado.
Os filhos adultos da vítima ficaram sabendo do caso nesta semana.