Quase 600 mil habitantes e graves problemas envolvendo saúde, educação, habitação, transporte e segurança tendem a ser os principais desafios do próximo prefeito de Cuiabá, a ser eleito em outubro. Ou reeleito. O prefeito Mauro Mendes (PSB), apontado como favorito para a disputa, tem condições de assegurar novamente o governador José Pedro Taques (PSDB) e o senador Blario Maggi (PR) para o seu palanque, como fez em 2012.
Embora demonstre ainda não estar concentrado na corrida eleitoral deste ano, Mendes já começa a articular, discretamente, para construir uma aliança capaz de arrastar seus principais aliados: Taques e Maggi. Com interlocutores privilegiados, ele inicia a discutir o cenário para a Prefeitura de Cuiabá, em 2016. Em conversas com aliados, não considera a sua popularidade baixa, embora seus antecessores, neste período, estivessem próximos ou acima de 50% na preferência dos eleitores.
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O desgaste da administração municipal, comum para quem exerce o poder, não chega a ser empecilho para Mendes e seu PSB não se lançarem à reeleição. A expectativa dos aliados e da direção socialista é de que ele não deve demorar, do ponto de vista formal, para se movimentar mais abertamente no sentido de assumir a candidatura.
Ajudado pelo governo de Mato Grosso em diferentes áreas, desde o ano passado, Mendes se firmou como um dos prediletos de Taques. O chefe do Poder Executivo não se negaria a concorrer novamente ao Palácio Alencastro, se incentivado pelo principal aliado, para a disputa.
Nem mesmo o pouco respaldo interno em favor de agasalhar Blairo Maggi em seu palanque, parece ser dificuldade para Mendes viabilizar sua candidatura à reeleição. Ele tem plena consciência de que Taques e Maggi, em seu palanque, jogaria mais de metade do eleitorado a seu favor na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
“Tenho me dedicado de corpo e alma para governar Cuiabá, porque sempre soube que esta cidade precisa de dedicação”, respondeu ele, ao ser questionado sobre a possível reeleição, pela reportagem do
Olhar Direto.
Mauro Mendes lembra que sua gestão fez muito, como o Hospital São Benedito, o Projeto Porto e o novo Hospital e Pronto Socorro Municipal, mas admite que é preciso fazer mais, como redefinir os espaços de habitação da Capital e melhorar a mobilidade das pessoas que moram na periferia. “É uma cidade muito desequilibrada. O emprego está longe da moradia, o lazer está longe do emprego”, ponderou ele.
O prefeito já avisou que só vai decidir se é candidato à reeleição em 2 de abril, com Taques e Maggi a apoiá-lo. Ou não. Até lá, a “temporada de especulações” tende apenas a recrudescer, seja nos bastidores políticos ou nos meios de comunicação de massa.
