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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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"Mercosul precisa de reciclagem. Ou recicla ou extingue", alerta Júlio Campos após reunião Parlasul

Foto: Reprodução

Parlasul não chegam a acorod em questões práticas, afirma Campos

Parlasul não chegam a acorod em questões práticas, afirma Campos

O Parlasul vai de mal a pior e o Mercosul não prospera em nada. Se continuar assim, tem que fechar. A avaliação é do deputado federal Júlio Campos (DEM-MT), único representante mato-grossense no Parlamento do Mercosul Segundo ele, após recente participação em reunião deliberativa ocorrida em Montevidéu, no Uruguai, os trabalhos não têm sido produtivos devido à falta de objetividade dos seus integrantes.


“Uma dificuldade muito grande de relacionamento entre os deputados de outros países. A Argentina levou um ano para indicar os novos membros e não chega a um acordo. O Uruguai a mesma coisa, mesmo a reunião sendo lá no Uruguai, em dois dias de sessão só compareceram à tarde. É um desinteresse, um mal estar”, critica.

Campos também elenca a entrada da Venezuela, e a forma como se deu a inserção do país vizinho no bloco, como um dos entraves para o desenrolar de questões econômicas que afetam as relações entre os países sulamericanos.

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“Eu achava que o Parlasul fosse um Fórum em que haveria uma ligação pessoa, fraternal, que haveria um entrosamento muito grande, mas na verdade é uma brigaiada, lá se perdeu o dia inteiro se discutindo briga interna de Venezuela, que mandou uma delegação completa, ideológica, entregando constituição para cada um dos participantes, além de jornal, panfletos. De ideias concretas não saiu nada. Tem que pacificar internamente aquele país”, sugere.

Outro ponto negativo observado por ele é a posição do Paraguai – país parceiro que foi retirado do bloco depois que o presidente Lugo foi deposto em uma espécie de processo de impeachment – e que faz voto contra a presença dos venezuelanos.

“Até hoje há essa rusga diante da medida precipitada que foi tomada pelo governo brasileiro, pela presidente Dilma Rousseff e pelo Parlasul, pelos grupos de deputados, expulsando e punindo o Paraguai. Isso ainda tem sequelas e não foi superado. E a maneira como a Venezuela foi introduzida, pela porta lateral, ou pela dos fundos, ainda deixa marcas e ressentimentos”, acrescenta.

Júlio Campos é membro de uma comissão técnica tal qual Câmara e Senado, que trabalha pela Infraestrutura, Desenvolvimento, Agricultura. O colegiado discute temas de interesse dos países, entre eles a construção de uma nova ponte no Rio Grande do Sul na fronteira com a Argentina, além da saída ferroviária para o Oceano Pacífico e outros assuntos.

Segundo o deputado, o Parlasul virou uma briga ideológica e política onde não há espaço para trabalhar concretamente. Ele defende a descentralização das atividades e diz que sente dificuldade de fazer o Mercosul crescer, como era a ideia, no passado, de Juscelino Kubitschek, de Fernando Collor de Sarney.

“As políticas de incentivo e restritiva da Argentina tornam difícil a negociação. Mas hoje, 80% dos relacionamentos comerciais entre os países do Mercosul são isentos de impostos. É um avanço muito grande e não estamos sabendo aproveitar isso. Querem que o Brasil seja obrigado a sustentar os outros. Está na hora de reciclar. Presidentes e ministros das Fazendas e do Desenvolvimento Econômico e das Relações Exteriores vão se reunir para definir o futuro. Senão vai ficar este impasse e não vai prosperar. É um gasto muito grande com passagem, hospedagem para nada”. finaliza.

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