O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Fabio Galindo, destacou a prisão de corruptos, a recuperação de dinheiro público e o combate ao crime no balanço de sua gestão e do promotor Mauro Zaque à frente da pasta. Ele optou por deixar o cargo para reassumir como promotor no Ministério Público de Minas Gerais, após passar um  ano como secretário-executivo e três meses como titular da pasta.

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“Mais de 30 mil pessoas presas em 15 meses. A maior quantidade de drogas apreendidas na história: 8.625 toneladas. Recuperação de R$ 19,6 milhões de dinheiro do crime que retornou aos cofres públicos da Segurança. Outros R$ 500 milhões de ativos recuperados após a criação do Cira. Prisão de corruptos renomados e até então acima da lei, fruto de uma polícia independente, integrada, e com meios para trabalhar”, listou Galindo, em artigo distribuído à imprensa.

A Operação Sodoma, gestada no Cira e que investiga um esquema de propina no governo Silval Barbosa (PMDB), levou à prisão o próprio ex-governador e diversos secretários de seu governo, como Pedro Nadaf (Casa Civil), Marcel de Cursi (Fazenda), Silvio Correa (Chefia de Gabinete), César Zilio e Pedro Elias (ambos ex-titulares da Administração), além de integrantes do 2º escalão.

Carreia no MP

Fabio Galindo teve que optar entre a secretaria e a carreira no Ministério Público, em função de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu que membros do MP exercessem cargo no Poder Executivo. Ele afirmou que a decisão do STF interrompe seu trabalho na Sesp antes do que ele esperava, porém, sua luta continua, bem como a da Segurança Pública em Mato Grosso.

“Em todo esse processo, sempre me coloquei como mais um soldado. Pela posição de ponteiro, um sentinela avançado na defesa da sociedade e dos valores que acredito. Uma decisão judicial interrompe precocemente o meu trabalho à frente da pasta, mas não interrompe o projeto, que é maior que qualquer pessoa individualmente considerada. O projeto continua vivo”, afirmou o secretário.

Ele destacou, também, a motivação renovada dos policiais. “Muito foi feito e muito ainda há para se fazer. Mas nada, absolutamente nada é mais significativo do que ver novamente acesa a chama da esperança no coração da tropa. O mais simbólico é ver ressuscitada a motivação. Muitos que estavam desanimados, cansados, voltaram a acreditar na Segurança. Esse foi, ao meu sentir, o grande avanço dessa jornada: a tropa motivada. A vibração na arena da batalha. Na capital ou no interior pude perceber a renovação da esperança em todas as operações das quais participei. De nada adianta a estrutura, se o elemento principal da segurança, o homem, estiver desanimado”, afirmou.

No texto, Galindo também distribuiu agradecimentos: ao governador Pedro Taques (PSDB), ao ex-secretário Mauro Zaque, aos servidores da pasta, aos cidadãos mato-grossenses, entre outros. “Levo no peito a fé santa do guerreiro de uma jornada feliz! Força e honra!!! É chegada a hora de voltar à beca”, concluiu.

Após a saída de Galindo, a pasta será comandada interinamente pelo próprio governador Pedro Taques, que ainda não anunciou quem será o próximo secretário de Segurança. Além de Galindo, a titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ana Peterlini, também deixa o staff pelo mesmo motivo, e vai retornar ao MPE de Mato Grosso. No lugar, o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que já foi presidente da Aprosoja, responderá pela pasta.

Leia o artigo da Fabio Galindo na íntegra.