“A verdade vai vir à tona e todos os fatos serão esclarecidos”. A garantia é do secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), Roger Jarbas, ao comentar na manhã de hoje, 3 de agosto, o desfecho de uma ocorrência policial que terminou com a morte do soldado Elcio Ramos Leite, de 29 anos.
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Cerca de uma hora depois, André Luiz de Oliveira, de 27 anos, homem que executou o policial, foi morto durante um suposto confronto entre policiais militares. Imagens fotográficas revelam que o jovem havia se rendido momentos antes, o que suscita à discussão quanto às circunstâncias da ação.
O episódio foi registrado na data de 2 de agosto, no bairro CPA III. Elcio e um colega do Setor de Inteligência do 24º Batalhão da PM, investigavam André e o irmão dele, Carlos Oliveira, 31 anos, por venda de armas de fogo via aplicativo celulares e redes sociais.
“Nada estará distante da apuração e ontem durante a madrugada no velório de um pai de família. Eu quero dizer aqui que os suspeitos em questão têm passagens por crime de furto e outro por tráfico de drogas. A Segurança Pública está em luto e não diminuiremos em nada. Continuaremos trabalhando com a mesma vontade e vamos entregar a população mato-grossense a sensação de segurança tão desejada’, asseverou durante o programa Cadeia Neles.
Roger garantiu ainda que as polícias possuem autonomia para investigação. “Essa não é uma autonomia da Sesp. Nós queríamos que os três estivessem sido presos e com as armas. Nada estará distante da apuração. Não se trata de inocentes, mas não temos de fazer julgamentos. Temos de trazer à tona, a conhecimento o que aconteceu ali. Estavam comercializando armas de fogo e há indícios de que uma delas tenha sido usada em um assassinato”.
Garantiu que não há interferência nos procedimentos. "A transparência e a fidelidade está em trazer a verdade. A DHPP tem sido brilhante e ninguém vai interferir na atividade. A unidade tem autonomia e capacidade". Após a ação policial, foram presos pelo assassinato do policial militar Carlos Oliveira e Renan Alves Oliveira. Ambos foram encaminhados para a DHPP onde prestaram depoimento.
Para os pai de André, o líder comunitário Carlos Oliveira, a morte do seu filho trata-se de uma execuçaõ sumária. "Meu filho foi pego, se entregou e colocou a mão na cabeça", declarou ao
Olhar Direto.
O soldado morto na ocorrência policial estava na corporação desde o ano de 2005. Ele era casado e tinha uma filha.