Facções criminosas instaladas em Mato Grosso fizeram os índices de homicídios subirem drasticamente nos últimos meses. Toda semana são registradas mortes por confronto com a polícia durante ocorrências de combate ao crime organizado e entre os próprios faccionados, principalmente no médio-norte do estado. Segundo o titular da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), coronel PM César Roveri, desde que assumiu o cargo em 1º de janeiro, a atuação de grupos criminosos vem sendo mapeada pelos serviços de inteligência da Polícia Militar e Civil.
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“A polícia já tem muita coisa mapeada no estado de Mato Grosso. Desde que assumimos dia 1º de janeiro, efetivamente no dia 2 temos feito esse enfrentamento. Nós já deflagramos muitas operações contra o crime organizado, policiamento que está sendo reforçado em todos estado. Estamos agindo, estamos atuando e atento a todas as situações”, afirma.
“A ordem é policiamento ostensivo, preventivo. Se tiver necessidade a polícia vai agir com rigor, vai agir dentro da legalidade, com uso progressivo da força, porém sem retroceder nenhum passo sobre qualquer de ação que necessitarmos para defender o cidadão de Mato Grosso”, destaca Roveri.
Sobre a guerra de facções principalmente no médio-norte mato-grossense, o secretário afirma que as polícias trabalham para combater os índices elevados de homicídio com realização de operações, entre outras ações.
“Juara, por exemplo, em fevereiro, fizemos grande ação através do GGI. A integração da polícia militar, civil, enfim, as forças de segurança trabalharam fortemente em Juara. Estamos fazendo muitas operações em Sorriso, também em Cáceres, onde tivemos índices elevados (de homicídios) no ano de 2022 e nós estamos fazendo esse enfrentamento. Para vocês terem noção, hoje nos estamos com uma grande operação desde 5h da manhã para
cumprimento de 54 mandados de prisão contra quadrilha especializada em estelionato. Como eu disse, estamos fazendo o enfrentamento com estratégia, com trabalho de inteligência e dentro da legalidade”, ressalta.
A quadrilha especializada em golpes virtuais atuava há mais de um ano em Mato Grosso e fez vítimas em 13 estados do país. O prejuízo estimado as vítimas ultrapassam R$ 1 milhão. “É um trabalho de investigação, temos que identificar, temos que ter a comprovação, provar em juízo para poder pegarmos os mandados, buscarmos isso judicialmente os mandados de prisões e hoje estamos cumprindo. Uma novidade, temos dois mandados de prisão que serão cumpridos no exterior, já estamos com as cartas rogatórias. Estamos agindo de forma estratégica não só com prisões, mas atacando o patrimônio para evitar que esse tipo de dinheiro seja utilizado para o crime e haja uma retroalimentação negativa do crime”, assevera.
.jpg "Secretário destaca trabalho repressivo no médio-norte para combater facções criminosas")
