Prometendo uma campanha franciscana, a ex-senadora Serys Slhessarenko irá disputar a chefia do Executivo em Cuiabá pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB).  Essa é a segunda vez em que Serys entra nessa disputa e o anúncio foi oficializado durante convenção do PRB na noite de quinta-feira, 4 de agosto na capital.

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 “Nós temos três princípios que vamos seguir à risca: a ética, recursos parcos e  propostas concretas, dentro da realidade de Cuiabá”, cutucou ela, que traz como novidade o candidato a vice prefeito,  professor de informática Fabian Martinelli.
 
Serys Slhessarenko anunciou que a campanha será franciscana, com pouca estrutura. “Nossa campanha será como sempre deveria ter sido na política: sem oferta de dinheiro e esbanjamento de recursos. Quem esbanja, faz isso com dinheiro vindo da onde?”, perguntou ela, cobrando respostas dos adversários.
 
No entanto, ela confia de que terá condições de surpreender positivamente, mesmo com a escassez de recursos. “Vamos fazer com o pouco que nós temos, via partido. É pouco, mas com pessoas determinadas, a população terá sabedoria para saber quem realmente está fazendo campanha séria e quem está fazendo campanha esbanjando dinheiro”, disparou, em sua convenção.
 
Por enquanto, apenas o PRB está na sua chapa. Ela aguarda respostas de PSC, PHS, PRP e PT do B, para fechar a coligação, até a noite desta sexta-feira (5).
  
“Nós temos a ata aberta da nossa convenção por 24 horas. Tem algumas conversas, mas se essas conversas não se efetivarem, sairemos sozinhos”, ponderou ele, que não descarta a possibilidade de sair somente com o PRB. “Quando sai candidata em uma eleição na Capital com apenas com um partido, conquistei 25% dos votos. Desta vez, caso isso se repetir, faremos muito mais votos”, avaliou ela.
 
 
Professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Serys iniciou na vida pública como secretária de Estado de Educação em 1987, no governo Carlos Bezerra. Depois, em 1988, disputou a Prefeitura de Cuiabá pelo PV. Em 1990, se elegeu deputada estadual pelo PT, fato que se repetiu em 1994 e 1998.
 
No maior salto de sua carreira, conquistou uma vaga no Senado da República em 2002, numa das maiores zebras da história eleitoral de Mato Grosso, ao derrotar o então favorito, ex-governador  Dante Martins de Oliveira (in memorian), do PSDB. Na época, ela começou a campanha como a quinta colocada nas pesquisas de opinião pública, muito atrás de Dante de Oliveira, Carlos Bezerra (PMDB), Jonas Pinheiro (in memorian) e Murilo Domingos (PTB), mas se elegeu.