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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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NOVO MODAL

Superintendente da Antaq afirma que momento é favorável para hidrovias

A hidrovia tem uma série de vantagens sobre a rodovia, é mais econômica e ambientalmente correta, pois emite muito menos CO² na atmosfera

O superintendente da Navegação Interior da Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq), Adalberto Tokarski, criticou, durante o “Movimento Pré-Porto”, realizado na sexta-feira (27), em Alta Floresta (823 km de Cuiabá), a forma como o Ministério de Minas e Energia posiciona eclusas em seus anteprojetos.


Segundo Tokarski,, quando há algum rabisco de eclusa em um anteprojeto de usina, o mecanismo fica fora do local ideal para navegação. “Não aceitamos mais isso. A localização das eclusas deve ser discutida com a Antaq”.

Adalberto informou ao Olhar Direto que o momento é favorável para a implantação de hidrovias na região amazônica, pois existe uma mudança de ideologia no governo. Enxerga-se neste momento que hidrovia tem ganhos econômicos e ambientais. “Hoje está se mudando a ideia no Brasil com relação aos custos de transporte. A hidrovia tem uma série de vantagens sobre a rodovia, é mais econômica e ambientalmente correta, pois emite muito menos CO² na atmosfera”, disse.

O superintendente informou também que este “momento favorável” às hidrovias já está sendo enxergado pelo setor privado, pois várias empresas estão buscando financiamentos para colocar embarcações no transporte de mercadorias em hidrovias amazônicas.

“Para o BNDES aprovar um financiamento desses, é necessário um laudo da Antaq. Nos últimos meses a Antaq analisou dezenas de pedidos de laudos para navegação interior na Amazônia”, informou.

O coordenador-executivo do “Movimento Pró-Logística”, Edeon Vaz, disse que as hidrelétricas no rio Tapajós (que possibilitarão hidrovia em 1.043 km) serão feitas até 2018, pois é “política de governo”, já que o país precisa aumentar a capacidade de geração de energia elétrica para não correr o risco de apagão.

“O ministro de Minas e Energia já determinou o leilão destas usinas para o segundo semestre. Juntas, elas vão gerar mais de 11 mil megawatts de energia, correspondente à usina de Belo Monte”, comentou Edeon.

Daí a necessidade de os setores produtivos mato-grossense e paraense começarem as articulações para pressionar o governo brasileiro a fazer as barragens com as eclusas já embutidas.

“Há a garantia dos R$ 2 bilhões para as eclusas e os leilões das usinas estão a caminho. Então temos que pressionar para que os projetos executivos contemplem as duas necessidades: geração de energia e navegação”, aponta o coordenador.

Segundo Edeon, já há conversação entre os ministérios de Minas e Energia e o dos Transportes para encontrar uma maneira de conciliar o andamento das obras no mesmo espaço.

Estuda-se um meio de as vencedoras dos leilões das hidrelétricas construírem as barragens ao lado das empreiteiras que vencerem as licitações para fazerem as eclusas, já que as fontes financiadoras são diferentes.

Para as barragens, os consórcios vencedores dos leilões vão buscar financiamentos. Já para as eclusas, a verba vai sair do orçamento do Ministério dos Transportes.


Atualizada

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