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NO ARAGUAIA

Ministério Público apura uso de notas falsas para vacinas de aftosa

Diante da gravidade do problema, os fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) acionaram o Ministério Público e as autoridades policias para que o uso da força seja adotado.

15 Mar 2013 - 08:51

De Brasília - Marcos Coutinho/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Ilustração

Ministério Público apura uso de notas falsas para vacinas de aftosa
Entre oito e 11 grandes proprietários rurais do vale do Araguiaia, em Mato Grosso, do ramo da pecuária de corte usaram notas fiscais falsas para comprovar a vacinação obrigatória contra a febre aftosa, informaram fontes ligadas à Famato (Federação da Agropecuária do Estado), Ministério da Agricultura, Ministério Público e da própria fiscalização estadual.


Não bastasse a fraude fiscal, os fazendeiros impediram que a fiscalização fizesse a verificação in loco nas propriedades rurais. “O que está ocorrendo em Mato Grosso é um absurdo, um crime lesa-estado, um crime contra o próprio setor agropecuário”, declarou uma respeitada fonte do setor com exclusividade para o Olhar Direto.

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Diante da gravidade do problema, os fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) acionaram o Ministério Público e as autoridades policias para que o uso da força seja adotado.

O que causa espécie é o fato de “movimento de resistência” à fiscalização estar sendo orquestrado por um fazendeiro que seria irmão de uma parlamentar federal de alta patente da Região Centro-Oeste.

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Mais intrigante é o fato de “forças ocultas” da cúpula da própria Famato estarem agindo no sentido de colocar “panos quentes” na situação, ou seja, de impedir a fiscalização. Além da Famato, há informações também do envolvimento de gente graúda da própria administração estadual.

“A irresposabilidade desse grupo de fazendeiros é gritante e pode prejudicar um trabalho de proteção sanitária que já dura 23 anos, iniciado no governo Jaime Campos, que tornou Mato Grosso um estado livre da febre aftosa”, completou a fonte ouvida pelo Olhar Direto.
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