De acordo com pesquisadores do Cepea, essa estabilidade nos valores do grão fez com que o mercado físico nacional voltasse a registrar baixa liquidez. Vendedores nacionais estão bem retraídos, já que consideram baixos os atuais patamares de preços, negociando apenas em momentos de maior necessidade.

Entre 2 e 9 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve queda de 0,7%, fechando a R$ 256,75/saca de 60 kg, na quarta-feira, 9. Com relação ao mercado de robusta, as cotações da variedade têm recuado. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou, na quarta-feira, 9, a R$ 216,99/saca de 60 kg, baixa de 2% em relação à quarta anterior.

Após terem a safra comprometida pela chuva e granizo, em 2012, os produtores de cevada do Rio Grande do Sul podem comemorar este ano. Isso porque há perspectiva de bons preços e garantia de mercado, já que a Companhia de Bebidas das Américas, a maior plataforma de produção e comercialização de cervejas do mundo, anunciou a compra antecipada do grão antes mesmo da colheita.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de cevada do país, com o total de área plantada este ano de 43 mil hectares. No entanto, a produtora rural da cidade de Espumoso, Luiza Comin, lembra que nos países vizinhos a produção é ainda maior e isso gera concorrência na comercialização. Além disso, o engenheiro agrônomo, Amarildo Provenci, afirma que as empresas que compram o produto exigem um grão com alto teor de nutrientes, além de bom rendimento.

O processo de fabricação das tão apreciadas cervejas começa pelo beneficiamento da cevada, que é transformada em malte. Depois, segue para as cervejarias, onde finalmente é fabricada e envasada.

Para a próxima safra, que começa em novembro, a Ambev vai comprar a produção tendo como base a bolsa de Chicago. A medida deve facilitar para os produtores escolherem a melhor data para vender o grão.