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Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Economia

Tradings vendem US$ 1,87 bilhão de produtos mato-grossenses em 2012

As exportações da produção agropecuária de Mato Grosso seguem em alta também via as tradings companies, ou seja, empresas comerciais exportadoras. Permanecendo em 4º lugar, o Estado em 2012, até setembro, enviou por meio das tradings US$ 1,875 bilhão, um volume 1,47% (US$ 27,102 milhões) maior que os US$ 1,848 bilhão do período em 2011.

A quebra das safras dos Estados Unidos, Argentina e no Sul do Brasil permitiram que os embarques de Mato Grosso fossem maiores este ano. O fato fez com que os preços das commodities subissem, permitindo que a participação dos produtos mato-grossenses ampliasse de 8,27% para 10,15% no período.

Apesar dos negócios realizados diretamente com os clientes estrangeiros terem ampliado, o setor produtivo afirma que as tradings seguirão sendo a principal alternativa para intermediação ao menos nos próximos 5 anos enquanto os problemas de logística não são solucionados.

Os números fazem parte do levantamento de Exportação Brasileira das Trading Companies, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Ao contrário do Estado, o Brasil registrou queda de 17,33% nos embarques via tradings ante 2011. De janeiro a setembro deste ano US$ 18,471 bilhões foram enviados, volume menor que os US$ 22,342 bilhões do ano passado.

O bom resultado de Mato Grosso é creditado à quebra das safras nos Estados Unidos e Argentina, além do Sul do Brasil, que fizeram com que os preços das commodities aumentassem, em especial da soja, que em Mato Grosso chegou a R$ 74 a saca de 60 quilos. “Este fator, somado a alta taxa de câmbio durante a safra, permitiram inclusive que a participação dos envios das tradings mato-grossenses crescessem perante os demais Estados”.

O principal produto enviado foi a soja, segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja- MT) região Oeste e presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis, Alex Utida. “Apesar de não haver mais soja nas mãos dos produtores, os envios não devem fechar o ano no negativo, pois o milho ajudará a segurar essa alta. Tivemos uma boa safra do cereal e novos mercados se abriram para nós. O pico de envios é durante a colheita”, comenta.
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