Olhar Direto

Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Opinião

Lágrimas dos trabalhadores

O Shopping Popular, fundado em 1995 é um complexo comercial, com aproximadamente 600 lojistas, foi marcado por tragédia no dia 15/07/2024, 2:26. Lamentavelmente mesmo com a agilidade do Corpo de Bombeiro/Bombeiro Militar, foi impossível vencer o incêndio em tempo hábil, visto que por ser um centro comercial havia vasto 'material inflamável".
Cuiabá na manhã de segunda-feira apresentava o maior inimigo do ecossistema: fogo. A fumaça era um comunicador: havia sofrimentos. Chorávamos juntos.
Os comerciantes que exerciam suas atividades sempre acreditaram na força do trabalho de cada um. Havia comerciante que tinha estabelecimento há 25 anos. Só Deus para dar forças para que estes cidadãos que sobreviviam 100% do faturamento fiquem psicologicamente e fisicamente fortes. Tudo para o reinício de futura jornada.
Esperamos que as autoridades do Estado de Mato Grosso se mobilizem para colaborar com todos. Os trabalhadores do Shopping Popular necessitam de olhares humanos nesse momento difícil de suas vidas.
Políticos pensem no trabalhador real do shopping, eles estão angustiados. Perguntamos? Rola tanta grana nas campanhas, porque não retirem um pouco para colaborar com este povo sofrido que no momento estão precisando somente trabalhar para levar sustento para seus familiares. Mais ainda, os comerciantes do Shopping, contavam moedas para sobrevivência. As autoridades necessitam urgentemente agir em apoio aos comerciantes do shopping que sempre honraram com o pagamento de seus impostos. O trabalhador em condições de vulnerabilidade devido à tragédia a qual estão passando, tem o direito receber o respaldo psicológico e financeiro das instituições públicas responsáveis pelo bem estar do cidadão.
Era visível nos meios de comunicação que ficaram abalados e que traziam consigo um sofrimento angustiante de poder somente estar transmitindo os fatos. A sociedade ao visualizar o sofrimento dos trabalhadores, vai participar de todas as ações realizadas com o intuito de amenizar os efeitos da tragédia.

Graci Ourives de Miranda é professora e escritora.
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