Olhar Direto

Terça-feira, 16 de julho de 2024

Opinião

O PP é piada da onça

O PP de Mato Grosso está se comportando igual àquela anedota da onça, em que certo sujeito para impressionar a namorada lhe relata um caso que parecia ser de bravura, no entanto, não passava de demonstração de ausência dela.

Dizia ele que certa vez estava caminhando pelas matas de uma de suas tantas fazendas, pelas trilhas feitas pelo gado, quando de repente se depara frente a frente com uma onça pintada. Como arma carregava apenas uma faca tipo peixeira. Diante daquela situação, com a fera à sua frente, lembrou-se o “corajoso” sujeito de algo dito por alguém, que se desse um grito muito forte, demonstraria mais poder que a onça e assim botaria a bicha para correr.

O intrépido enche os pulmões para dar aquele que seria o mais alto, maior até que o grito do Ipiranga, aaaaaaahhhhhhhhh! De repente, o valente se cala diante da namorada. Ela curiosa lhe pergunta: Meu bem, e daí, o que houve? Com uma cara de sem graça, lhe disse: eu me borrei. A moça demonstrando-lhe solidariedade argumenta: meu amor qualquer um nessa situação passaria por isso. O destemido homem responde a sua amásia: não meu amor, eu me borrei agora.

Os berros e gritos que ora os “dirigentes” desse partido proferem diante da onça chapadense, chamada Julier Sebastião da Silva, nada mais são que gritos de desespero, diante de uma eminente condenação popular. Estão apavorados pelo risco que seus “negócios” (mandato) sofrem ao enfrentar a onça, como se a platéia não estivesse farta de saber que em toda “lista” de investigados por uma ou outra operação, o nome destes não escape.

Quem não se lembra dos mensaleiros? Dos Sanguessugas? Da operação Pacenas? Do caso das calcinhas da assembléia? Do discurso de um deles elogiando um bicheiro? Da cassação dos irmãos Henry por compra de votos? E de outras listagens? Vejam quem são os que ora berram e gritam.

O que os gritões querem de fato, é que as pessoas não discutam as evidências que o juiz teve para decretar a prisão dos envolvidos ao receber a peça acusatória do Ministério Público. Querem discutir apenas as falhas processuais, também com os berros e gritos almejam desconstruir a imagem que paira sobre suas condutas. As suas interferências vão além do tráfico de influência, lobbys, agora são também criminosos ambientais, construindo uma cortina de fumaça sobre a Onça Chapadense, que mais cedo ou mais tarde os fará se borrarem novamente.

Eu fico me perguntando, qual o poder de Julier de movimentar toda uma força tarefa da Polícia Federal, só para pirraçar o clã Riva? Mas se Pedro Taques é candidato a senado e não concorre diretamente com o clã Riva, não seria mais justificável atacar os seus concorrentes ao senatório? Se a operação Jurupari tem viés político como os caciques do PP querem fazer o povo acreditar, com a finalidade de eleger Taques ao senado, não seria mais justificável a operação ter sido numa das tantas fazendas de Maggi, cutucar o Antero ou o próprio Abicalil que são seus concorrentes diretos? Ou será que a Polícia Federal acreditou na história do Riva ser candidato ao senado, e desde 2006 já preparava essa investigação para dar de presente ao Taques? Eles já estão carecas de saber que em toda eleição o Riva começa se candidatando ao senado e acaba na assembléia.

Eu hein? Não cutuque a onça com vara curta, o processo de cassação por compra de votos de um deles ainda não terminou.

Carlos Veggi é Consultor, Curioso do Mundo e Jornalista sem Diploma.

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