Opinião
Empresas que planejam o 13º mensalmente evitam aperto no fim do ano
Autor: Bruno Silva
30 Nov 2018 - 08:00
Alguns já se preparam para as férias em algum lugar distante da rotina diária. Outros, se preparam para trabalhar como nunca, aproveitando as vendas com os festejos do Natal e amigo secreto. Muitas comemorações, confraternizações e alegria! Contudo, junto ao fim de ano, chega algo que é o terror para muitos empresários, mas a alegria para os funcionários, o 13º salário!
A dor de cabeça causada nos empresários é justamente a falta de gestão para este pagamento, deixando para arrecadar os recursos necessários para cumprir a obrigação apenas nos últimos meses do ano. Contudo, são duas folhas de pagamentos para apenas um mês de faturamento, e assim muitos acabam recorrendo a terceiros para ter essa disponibilidade, se endividando e começando o ano com a conta negativa.
Vamos antes entender o que é o 13º salário – é uma gratificação corresponde a 1/12 avos da remuneração por mês trabalhado do ano, ou seja, com essa definição, fica claro que não é uma despesa de fim de ano, e sim uma despesa mensal!
Desta forma, conseguimos identificar um dos grandes problemas que os empresários acabam se “enrolando” na hora de pagar a bonificação. O valor correspondente a este pagamento, que será feito apenas no final do ano, deve ser provisionado mensalmente, ou seja, no cálculo da remuneração do trabalhador todos os meses: 1/12 avos deste valor deve (ou deveria) ser economizado e poupado, para que, ao final do ano, o valor esteja disponível para pagar o funcionário.
O provisionamento deste valor evitaria qualquer tipo de susto, dor de cabeça ou surpresa na hora de realizar o pagamento da folha de dezembro, e também entenderíamos que, para o empresário, o funcionário não custa apenas o valor do salário, ele custa várias outras despesas que, assim como o 13º salário, não são desembolsadas mensalmente, mas devem ser pagas em algum momento durante o ano e por isso devem ser planejadas.
Estas provisões devem estar contidas na Demonstração de Resultado do Exercício, e na elaboração de resultados da empresa, pois esses gastos fazem parte do cálculo para a definição dos resultados da empresa e se a mesma é lucrativa ou não.
Caso não saiba fazer estes cálculos ou provisionamentos, a melhor saída é procurar um consultor financeiro para lhe ajudar e começar o ano planejando o bônus de 2019. Caso contrário, saiba que a mesma situação vai ocorrer a cada ano.
Bruno Silva é sócio consultor da CBI Gestão & Negócios, especializada em consultoria e gestão de micro e pequenas empresas