Olhar Direto

Domingo, 05 de maio de 2024

Opinião

Empreender no disruptivo, esse é o Brasil

Ser empresário ou empreender no Brasil se aproxima do disruptivo e requer coragem. Políticas de incentivo para abrir o “próprio negócio”, ambiente favorável para startups on e off-line ou campanhas de incentivo ao empreendedorismo, são ignoradas pelas administrações públicas em todas as esferas, do municipal ao federal.  
Em direção contrária o brasileiro tem mostrado que cada vez mais opta pela liberdade e desafio do mercado de negócios. Com, e “apesar” da pandemia, o movimento "Grande Resignação" em 2020 nos EUA resultou em uma grande onda de pedidos de demissões voluntárias e chegou a 4 milhões mês, o mesmo aconteceu no Brasil, aqui a onda chegou a 500 mil pedidos de desligamentos mês a partir de 2020. Segundo dados da Revista Você S/A e da inteligência de dados Lagom Data.  

Grande parte destas pessoas, motivadas pelo home office, optaram por atuar como MEIs. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), apoiada no país pelo Sebrae, apontou que em 2021 foi alta a taxa de empreendedores que abriram suas empresas a partir da identificação de uma oportunidade de negócio. Na média dos 47 países pesquisados, 42,6% dos novos empresários afirmaram que vislumbrar uma nova oportunidade foi a motivação para empreender. Em primeiro lugar ficou a Índia, com expressivos 77,6% de empresários que começaram um negócio por oportunidade. O Brasil ficou na 10ª posição, com significativos 53,5%.  

Mas por que o entusiasmo e a disposição de milhares de brasileiros ainda enfrentam uma onda antiliberal? Basta olhar nas redes sociais que empresários são difamados de várias maneiras.  

Para combater este movimento, várias entidades comerciais espalhadas pelo Brasil têm feito campanhas em defesa do empresário. E falando o óbvio, que precisa ser dito, apenas iniciativa privada torna a vida do cidadão mais confortável e promissora do Uber ao Ifood.  

O pipoqueiro, motoboy e a costureira que empreendem e pagam impostos com regularidade, merecem mais do que “muito obrigado”, merecem estímulo e respeito.  

O mesmo respeito que grandes empresários como Abílio Diniz e Rubem Menin pediram no início de 2023 durante evento do Credit Suisse em São Paulo. “Brasil precisa se unir pela busca de segurança jurídica e ambiente de negócios”, bradaram. Eles pedem ao governo um ambiente promissor para gerar emprego, renda e impostos, do micro ao macro. E para isso a reforma tributária, redução de imposto, linhas de crédito, desburocratização e redução de juros com contrapartida do governo em reduzir a máquina são essenciais.  

Só com a ampliação de novos negócios, empresários e crescimento do empreendedorismo que a base de aumento de tributos, por produtividade e não por alíquota, pode alavancar o país.  

Por mais emprego e renda, mais liberdade para empreender e mais amor a quem empreende.  


Junior Macagnam, é empresário, ativista cívico, vice-presidente Institucional da CDL Cuiabá, vice-presidente da FCDL-MT
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