Olhar Direto

Domingo, 12 de maio de 2024

Opinião

​Além da duplicação da Imigrantes

A duplicação da rodovia dos Imigrantes, entre Cuiabá e Várzea Grande, anunciada recentemente pela Nova Rota, empresa vencedora da concessão para prestar os serviços de obras na rodovia, amenizará os problemas cruciais de uma região populosa até o Trevo do Lagarto e que há mais de 50 anos, não vê qualquer tipo de recuperação da rodovia de trânsito caótico de carros, ônibus e carretas. Além da duplicação, a expectativa é que a empresa apresente um plano consistente de atenção à essa população, no entorno de uma área urbana, composta por vários bairros criados ao longo da via que corta as duas cidades.

Para época, a BR-070, depois apelidada de Rodovia dos Imigrantes atraiu uma parcela da população para suas margens, deslumbrada pelo discurso do progresso e desenvolvimento econômico, por onde passariam toneladas de produtos agrícolas, industriais e de comércio, gerando expectativas de mais empregos e valorização dessa região que tinha pouca perspectiva de crescimento. Recentemente, o governo federal passou o domínio da rodovia para o governo do estado administrá-la, assim como os demais trechos da BR-163 e BR-174.

Os bairros nas margens da Imigrantes avançaram, mas a rodovia não cumpriu com suas promessas de atender a população, no seu entorno. Ou seja, quem a idealizou e asfaltou foi adiando as melhorias na estrutura asfáltica estreita por origem e muitas vezes danificada pelo excesso do tráfego pesado e incessante de carretas, até porque, trata-se de um importante canal de ligação da capital com o interior do estado, para as regiões norte e sudoeste de Mato Grosso.

O tempo passou, a rodovia ficou esquecida e a população á míngua sofrendo as consequências de frequentes acidentes graves e fatais diante da falta de uma estrutura eficaz para a realização de travessias entre os bairros que margeiam a Imigrantes. A nova concessionária deve atentar para as necessidades da população no sentido de oferecer segurança e qualidade de vida aos transeuntes ao longo da rodovia.

A duplicação não pode atender somente as urgências das transportadoras, que também são prejudicadas na locomoção de suas preciosas cargas, devido aos constantes congestionamentos e filas quilométricas, precariedade do asfalto, falta de acostamento, sinalização ruim e nenhuma iluminação, na Imigrantes. É essencial, que nos planos de duplicação da Imigrantes, conste um projeto adequado de travessias, passarelas, faixas, sinalização, sistema eletrônico de redução de velocidade e possivelmente viadutos e rotatórias que possibilite segurança no trânsito dessa via importante pata todos os mato-grossenses e aqueles de outros estados que precisam passar por ela.

Também é salutar, que a Nova Rota valorize os imóveis que certamente irão entrar na planilha de desapropriações para as obras de duplicação da pista em diversos trechos, cujos bairros foram avançando para próximo do asfalto. O diálogo é importante para que a população não tenha mais prejuízos que os já acumulados ao longo dos últimos cinquenta anos da história dessa importante rodovia. Além da duplicação da Imigrantes, a população precisa de qualidade de vida.


Luís Cláudio é vereador em Cuiabá 
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