Olhar Direto

Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Opinião

Greves nas Universidades Federais: Um Preço Alto Demais para o Futuro.

Em meio ao turbilhão de notícias que circulam diariamente, uma se destaca pela sua capacidade de afetar diretamente o futuro de uma nação: a greve dos técnicos de universidades públicas e a iminente paralisação dos professores. Prevista para iniciar no dia 15 de abril, essa greve não é apenas um ato isolado de reivindicação; é um sintoma de uma doença crônica que aflige o sistema educacional e, por extensão, o Estado Brasileiro.

As universidades são pilares de conhecimento, pesquisa e inovação. Quando seus corredores ecoam com o silêncio da inatividade, não são apenas os alunos que sofrem; é toda a sociedade. As famílias veem seus filhos privados de educação, o progresso acadêmico é interrompido, e o Estado, já sobrecarregado por inúmeras responsabilidades, enfrenta mais um obstáculo para promover o desenvolvimento social e econômico.

É compreensível que os trabalhadores busquem melhores condições e reconhecimento. No entanto, é imperativo ponderar: qual é o custo dessas greves? O preço pago não se reflete apenas em números ou estatísticas; ele é medido em oportunidades perdidas, sonhos adiados e um futuro incerto.

A educação é o alicerce sobre o qual uma nação constrói seu amanhã.Greves prolongadas corroem esse alicerce, deixando uma lacuna que pode levar anos para ser preenchida. Enquanto isso, o relógio não para, e o mundo não espera. Outras nações avançam, explorando o potencial pleno de sua juventude, enquanto o Brasil permanece em um impasse, preso em um ciclo de paralisações que ameaça deixar para trás uma geração inteira.

Portanto, é com um apelo à reflexão e ao diálogo que me posiciono contrário a essas greves. Não por desconsiderar as demandas dos professores e técnicos, mas por valorizar acima de tudo o direito à educação e o bem-estar das famílias e do Estado Brasileiro. Que as vozes de negociação se sobreponham aos clamores de paralisação, e que juntos possamos encontrar um caminho que honre tanto os direitos dos trabalhadores quanto o futuro de nossos estudantes.

Luiz Fernando Rogério é Gestor de Hospitais e Serviços de Saúde pela UNIC, especialista em Gestão de Sistemas e Serviço de Saúde pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFMT Mestrando em Saúde Coletiva desenvolvendo pesquisas no âmbito da Gestão e Políticas de Saúde na UFMT.
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