Com 13 anos, o português Rubens Fábio Matos Ferreira, hoje com 91, começou a colecionar os primeiros selos, ainda em Portugal. Já são quatro décadas como cuiabano, onde continuou se aventurando pelo universo das coleções e se tornou presidente do Clube Filatélico, Numismático e Afins de Cuiabá. 

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Alguns dos itens de Rubens e de um dos seus pupilos, Roberto Rachid Costa, de 72 anos, que chama o presidente do clube de “professor”, ficaram expostos na recepção da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) durante a semana. Moedas de ouro de 1855 e 1781, carregadas de significado histórico estão entre as relíquias dos colecionadores. 

O português que fixou moradia em Cuiabá conta que se mudou para o Brasil sozinho, se aventurando na busca por um “novo mundo”. Diferente de Roberto, os selos são o interesse principal de Rubens. 

“Aqui no Brasil foi onde me realizei como colecionador. Sou movido pela curiosidade de saber a história de cada país, porque o selo representa um país, assim como a moeda, mas aqui no Brasil eu dava assistência nos Correios, ia junto com o pessoal nas escolas fazer palestras, falar sobre a história das moedas e dos selos para a criançada saber, porque muitas pessoas não sabem. Todas as moedas e selos tem uma história”. 

O interesse de Roberto pela coleção de moedas e cédulas surgiu quando ele se aposentou. Depois de comprar os primeiros itens, ele percebeu que precisaria estudar para entender a história do que estava colecionando. 

Nas pastas, Roberto guarda com cuidado dezenas de cédulas antigas, como cruzeiros que costumava usar para comprar pixé quando saía da escola, e mais novas, como a nota de R$ 200.“Temos que saber qual o tipo da cédula, quem era o presidente, os ministros que passaram, então fui estudar para saber a história mesmo. As moedas mais antigas que tenho são de ouro, uma de 1855 e outra de 1781. Já pensou a história de uma moeda dessas?”.