O Museu de História Natural recebe o lançamento de "Quitã - A Saga", do artista plástico e cineasta Paulo Laurentino, nesta sexta-feira (23), às 16h. O livro apresenta uma narrativa envolvente sobre um herói indígena que encarna a sabedoria milenar dos povos originários, e oferece uma visão inovadora sobre reciclagem, empreendedorismo e agronegócio, propondo um futuro em que tradição e modernidade coexistem de maneira harmoniosa.

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Segundo o autor, o livro propõe “uma reflexão sobre como a integração entre o antigo e o novo pode oferecer soluções inovadoras para os desafios contemporâneos, promovendo a celebração da diversidade cultural e a harmonização com a natureza”. Paulo Laurentino utiliza a ficção, através da Inteligência Artificial (IA), para explorar temas relevantes, oferecendo aos leitores uma visão inspiradora de como a sabedoria ancestral pode ser aplicada para criar um futuro mais equilibrado e sustentável.

A história gira em torno de Quitã, um herói indígena cuja jornada é marcada pelo aprendizado e pela aplicação da sabedoria ancestral em contextos contemporâneos. Ao longo da narrativa, Quitã utiliza seus conhecimentos para fomentar práticas de preservação ambiental, promover empreendimentos sustentáveis e desenvolver técnicas de agronegócio que visam a preservação do meio ambiente e a prosperidade econômica, tudo isso envolto em uma trama de ação e mistério.

O conto foi ilustrado a partir de várias técnicas e ferramentas de geração de imagens pelo artista, e vem sendo ilustrado desde 2011 após seu curso de cinema em São Paulo. A versão inicial original está formatada como um roteiro de cinema para 90 minutos, que está prevista para ser lançada em 2025.

Na meta de expandir seu público, Laurentino resolve ampliar o leque comunicativo e formatou a primeira parte da história para quadrinhos, a partir de um rascunho para a HQA. Para tanto, pintou inicialmente duas telas: Natureza Holística - resumindo a mensagem ecofilosófico cultural e uma segunda tela do que seria a CAPA do livro. Nasceu então o “embrião visual” do projeto e o artista seguiu desenhando as cenas e personagens que compõem seu elenco.

“Utilizei desde telas com acrílico, aquarelas, fui para ilustrações com canetas esferográficas em algumas cenas, outras com guache e até ecoline. Algumas cenas, inclusive, foram criadas com um mix de várias tintas e técnicas artísticas de tipos diferentes ao longo dos vários anos. Sempre de forma autoral e gerando cenas inéditas para compor as narrativas visuais da história, conforme imaginei”, destaca Paulo.

A partir de 2022 Laurentino iniciou pesquisas sobre as potencialidades da IA e implementou estudos sobre várias ferramentas da inteligência artificial em design digital, o que unificou toda a linguagem e gerou novas cenas, sempre com o estilo desejado para compor os detalhes da sinfonia visual imaginada pelo artista.

O lançamento incluirá apresentações artísticas em vídeo, sessão de autógrafos e uma exibição de arte inspirada na novela gráfica, oferecendo aos participantes a oportunidade de se envolver ainda mais com o universo criado pelo autor.

A presença de autoridades como a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, que foi convidada para ser madrinha de Quitã, além artistas locais, representantes indígenas e alunos da rede estadual de ensino também será destacada, reforçando a relevância do livro para a promoção da inclusão e do respeito à diversidade cultural. Vale destacar que o prefácio do livro é assinado pelo cacique Rony Pareci, fundador da Aldeia Wazare, localizada em Campo Novo do Parecis.