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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Entidades culturais de MT se reúnem em Cuiabá para articular reação contra o anunciado fim do MinC

Foto: Reprodução / Ilustração

Entidades culturais de MT se reúnem em Cuiabá para articular reação contra o anunciado fim do MinC
Pelo menos 15 entidades de diferentes áreas culturais enviam representantes para reunião nesta segunda-feira (16), a partir das 19 horas, na Casa Cuiabana – área central de Cuiabá, para discutir alternativas de ações contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), já anunciada pelo presidente em exercício Michel Temer (PMDB). “Vamos discutir formas de atuação e, de repente, tirar um manifesto para enviar ao governo federal e aos nossos parlamentares, no Congresso Nacional”, explicou a cantora Vera Capilé, uma das coordenadoras do encontro.


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Algumas entidades desejam que seja elaborado um texto contundente, com o título de ‘Carta da Cultura de Mato Grosso: em defesa do MinC’, para ser endereçado a Temer, deputados federais, senadores e dirigentes partidários. “Independente de questão partidária ou ideológica, a cultura não pode ficar acéfala. Nos últimos 30 anos, o Ministério da Cultura sempre esteve presente nos avanços da sociedade e na consolidação de políticas do setor”, pontuou o maestro Fabrício Carvalho, da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“A questão é tratar a cultura como prioridade. Mas o que estão fazendo é um retrocesso”, argumentou Fabrício Carvalho, após reger a apresentação do espetáculo “A Nova Música Nova de Mato Grosso”, no Teatro Universitário, na noite deste domingo (15).

Oriundo das organizações sociais da periferia de Cuiabá e militante do Movimento Hip-Hop desde 1996, o rapper Linha Dura apresentou uma sugestão inusitada à Presidência da República, no palco do Teatro Universitário. “Então, [re]criem o Ministério da Cultura e façam com que assuma o Ministério da Educação. Será muito melhor do que os robôs criados nas escolas de hoje, preparados apenas para enfrentar o mercado [de trabalho] e incapazes de pensar livremente”, cutucou Linha Dura.

O poeta e músico Caio Mattoso não foi nada sutil. Na apresentação coletiva dos cantores da programação “A Nova Música de Mato Grosso”, a cada refrão, Caio Mattoso soltava o grito: “cadê o MinC!!!”

A discussão sobre a importância do Ministério e da valorização da cultura vai muito além da compreensão mediana das pessoas. Mas é certo que, sem as manifestações culturais, Mato Grosso e o Brasil, diante da miscigenação cultural e racial de 500 anos, já não teriam mais um mínimo de identidade. E acabaria, tal e qual o ‘petchê cô matchitche’ ou ‘tchá cô bolo’ estão com os dias contados.
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