Brasileiríssima, a cachaça sempre caminhou ao lado de uma sombra de preconceito. Contudo, isso vem mudando e pode-se dizer que uma das principais responsáveis é a
Água Doce, rede de cachaçaria que conta com mais de 100 unidades em todo o país.
As origens do bar e restaurante vêm do campo, mais especificamente dos canaviais. Nascido no interior do estado de São Paulo, Delfino Golfeto, hoje com 63 anos, cortava cana-de-açúcar durante a adolescência, mas o duro trabalho braçal não atrapalhou o interesse pelo negócio: foi fazendo um curso técnico em açúcar e álcool que ele acabou trabalhando em uma usina, onde ficou por 18 anos e teve a chance de aprender mais sobre a cachaça. “Foi aí que eu descobri o verdadeiro mundo das cachaças, da bebida artesanal. Estudei o segmento, aprendi receitas de coquetéis e batidas“, afirmou ao
UOL.
Após estudar a bebida e suas preparações, Golfeto decidiu, em 1990, abrir um bar na garagem da casa em que morava, em Tupã (SP). Assim nascia a Água Doce Aguardenteria, cujo sucesso entre os fregueses, devido ao primor dos coquetéis e seleção de bebidas, levaria o pequeno bar a se transformar em uma franquia de sucesso.
Hoje o faturamento anual da rede chega aos R$ 150 milhões e paixão pela cachaça o levou a abrir um
museu dedicado à bebida, onde expõe as mais de 2 mil garrafas que acumulou ao longo dos anos.