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Sexta-feira, 28 de junho de 2024

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Tocando violino, artista de rua quer percorrer 25 países da América Latina

Foto: (Foto: Arquivo Pessoal/Aislynn de Aquino)

Ricardo 'Barba' começou a tocar violino quando ainda era criança

Ricardo 'Barba' começou a tocar violino quando ainda era criança

Qual a distância que o som de um instrumento pode alcançar? A resposta está na ponta da língua – e dos dedos – do artista Ricardo Barba, de 33 anos, que resolveu levar a melodia do próprio violino para 25 países da América Latina. Partindo de São José dos Campos (SP), ele começou a viagem em abril e, durante o trajeto, segue vivendo apenas da arte de rua.


A ideia surgiu há dois anos, tendo como inspiração a história de um colega que viveu por dez anos “na estrada”, além do sonho de criança de conhecer a América. “Quero conhecer 25 países através da arte de rua, apenas! Não levo comigo reservas, dólares ou algo parecido, levo apenas a inspiração de bons amigos e a fé em minha arte: tocar violino”, afirma ele.

O roteiro do músico inclui cidades do sudeste e sul do Brasil, além de países como Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Panamá, Honduras, Guatemala, Cuba, Venezuela, Bahamas, Jamaica, Haiti e mais de uma dezena de outros destinos. Com parada atual em Santa Catarina, a meta inicial é percorrer o trajeto dentro de um ano, mas o tempo pode ser revisto ao longo do percurso.

Durante a viagem, a ideia de Ricardo também é buscar a valorização da arte de rua que, segundo ele, acaba muitas vezes sendo ignorada pelas pessoas. “Todos estão tão entretidos e imersos em seus celulares e smartphones, que se quer, dão o trabalho de olhar à frente ou, ao lado como reconhecimento. Muitas vezes tropeçam literalmente em você. É uma falta de humanidade e respeito com aqueles que teoricamente ignoram os padrões convencionais”, diz.

Todos os recursos utilizados para o desbravamento pela América são arrecadados com as apresentações pelas ruas. Além disso, o artista conta com o apoio de moradores das regiões por onde passa, que oferecem abrigos e refeições, e de outros artistas de rua locais. Todas as experiências da viagem estão retradadas em um blog criado pelo músico.

Antes de cair na estrada, Ricardo trabalhava em uma companhia de teatro em São José e foi gestor de uma concessionária de rodovias. O violino entrou na sua vida ainda na infância, quando morava com a família em Paraibuna (SP).

Apesar do logo caminho a percorrer, e dos obstáculos que podem surgir, a distância parece não intimidar o músico, que deseja, acima de tudo, chegar a uma das experiências mais marcantes da vida. “Pretendo perpetuar sentimentos únicos que envolverão experiências e sonhos de um eterno menino, com um pouco de medo, porém, muita felicidade, mudanças boas e um aprendizado que só a rua, as estradas e o mundo podem me oferecer”, afirma.
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