Os brechós já eram uma paixão na vida da ilustradora e designer Roberta Heringer, 38, antes de ela pensar em abrir um. Em dezembro de 2018, no entanto, junto ao marido Raphael Strobel, 34, ela decidiu transformar o hobby em uma nova fonte de renda, e, com R$5 mil de investimento, construiu o ‘Brechó no Capricho’, localizado no CPA II.
Leia também:
Brechó em casa do século XIX guarda peças de marcas famosas no centro de Cuiabá
A loja abriu as portas no dia 7 de dezembro, e foi um sucesso. “Porque aqui nessa
região tem uma coisa bacana, eles têm um senso de comunidade bem legal. E todo mundo conta tudo pra todo mundo, e virou o boca a boca. A maioria dos meus clientes é do CPA, mas hoje também vem gente de fora. Até de Várzea Grande”, conta.
A ideia do brechó, que se chama ‘No Capricho’, era ser algo sustentável. Por isso, o casal fez quase tudo à mão. “Reaproveitei muita coisa, porque a ideia é, realmente, ser sustentável. Como eu pinto, eu coloquei os quadrinhos que eu decoro, a gente trouxe peças de casa, a gente comprou de segunda mão... a placa na frente fui eu quem pintou... então a gente quis fazer uma coisa bem handmade mesmo. E aí a gente conseguiu economizar bastante nisso e investir mais em mercadoria”, explica Roberta.
As roupas vieram de ‘garimpagens’ do casal pelo Brasil, além de compras de pessoas de Cuiabá e de lojas que fecharam. “E eu achei que aqui nessa região estava com uma carência desse tipo de loja. Como eu fico na internet fuçando, eu quis trazer produtos diferentes. Porque aqui tem bastante brechó, mas tem coisas mais simples. Eu quis trazer coisas de marca, de qualidade mesmo”.
Os preços do brechó ‘No capricho’ variam de R$7 a R$100, sendo que o mais caro são os vestidos de festa e as bolsas. É possível encontrar calças de marcas como a Diesel por R$27, e outras peças bem mais baratas. “Tenho roupas simples também, porque tem muita gente que vem comprar roupa pra trabalhar. Temos uma pilha de calças por R$10, então pra quem trabalha com jeans é ótimo”.
A casa também compra ou troca roupas usadas, desde que estejam em boas condições. Para avaliar, Roberta conta que precisa de vinte e quatro horas. “A pessoa vem, traz as peças, eu avalio e dou o ticket pra ela. E ela tem até três meses pra ir resgatando aquele valor em peças”, explica.
Segundo a proprietária, o preconceito que se tinha com brechós, antigamente, se perdeu. “Hoje se quebrou o preconceito, e se tem o conceito, por ser mais sustentável. E também tem a ver com a crise, as pessoas não estão investindo tanto em roupa. Por exemplo, as pessoas vÊm comprar roupa de festa porque? Porque meu vestido de festa custa 80, no máximo 100 reais. Elas vão comprar um look numa loja padrão, e vão pagar 300, 350 reais, e usar uma vez só. No brechó ela compra com preço bacana, e depois ainda troca de novo, em outro brechó ou aqui mesmo”, finaliza.
Calças Diesel (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)
Serviço
Brechó No Capricho
Funcionamento: segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h à 18h; Sábados e domingos das 9h às 12h
Endereço: Rua Pernambuco , 619 sala 3 CPA
INSTAGRAM