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Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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Casal cuiabano cria ‘brechó delivery’ com peças atemporais garimpadas por eles mesmos

Foto: Maria Cláudia Reis

Casal cuiabano cria ‘brechó delivery’ com peças atemporais garimpadas por eles mesmos
A paixão por brechós entrou na vida do cuiabano Alex Brito muito cedo. Vivendo no bairro Imperial, em Cuiabá, ele teve seu primeiro emprego como vendedor de uma loja do mesmo ramo. Hoje, aos 24 anos, junto ao namorado Ricardo Guimarães, 23, tem a sua própria loja, que trabalha online (com delivery) e em espaço físico aos sábados: o ‘Garimpei Brechó’.


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“Me apaixonei por brechó, pela roupas que só os brechós tinham. Eu garimpava roupas com a minha chefe na época, e nós achávamos cada peça incrível... Depois de anos eu e meu namorado que sempre gostamos de brechó, só comprávamos de brechós/ bazares, decidimos abrir o nosso, mais a paixão vem de tempos já”, contou ao Olhar Conceito.

No início, a ideia era ter um brechó ‘retrô’, com peças dos anos 70 e 80. Com o tempo, eles mudaram o foco para peças dos anos 90. “Mas agora estamos em uma linha mais atemporal e sempre com muitas referências na moda preta. Querendo ou não a gente tenta levar o brechó para esse lado, mesmo que sejam peças antigas, que não seja tão datado e que as pessoas não vão enjoar. Roupas que continuam atuais e provavelmente continuarão sendo”, explica.

Para abrir a loja, os dois começaram a garimpar roupas e criar o próprio estoque, além de comprar sacolas, arara pra expor as roupas e outros detalhes necessários. No início, o ‘Garimpei Brechó’ funcionava somente online e participava de algumas feiras e eventos. Neste ano, eles também começaram a abrir o brechó na própria casa, no bairro Santa Cruz II, para quem quiser ver e provar as peças, sempre das 9h às 17h30.

Como Alex e Ricardo procuram eles mesmos as peças, o brechó não compra nem troca roupas. “Nós mesmo gostamos de sair para garimpar, e escolher as peças que mais são a cara do brechó. Toda vez que garimpamos produzimos fotos como se fosse uma coleção, então é tudo garimpado conforme aquele editorial”, explica. A entrega das roupas é feita na região central ou da UFMT, e a taxa custa R$4. As peças custam de R$5 a, no máximo, R$70 (atualmente).

Para o casal, o principal foco do brechó é sair dos padrões eurocêntricos da moda. “As coisas tendem a começar na elite, nos formadores de opinião, revistas, designers, até massificar. A moda é uma indústria que prega padrão absoluto mesmo, hoje até vemos algumas mudanças, mas a moda e a publicidade pregam magreza absoluta, padrões eurocêntricos e tudo mais. Por isso no meu brechó sempre trabalho com modelos negras, tentando trazer visibilidade e representatividade. Nosso brechó também tenta quebrar essa questão de o que é feminino e o que é masculino, por exemplo. A roupa também é uma forma de você assumir uma identidade, a sua identidade. O brechó em si é inspirador, e faz a gente acreditar que pode usar o que quiser”, finaliza Alex.

Alex (esq.) e Ricardo (dir.) (Foto: Arquivo Pessoal)

Fotos da galeria: Maria Cláudia Reis


Serviço

Garimpei Brechó
Endereço (aos sábados): Rua 37, número 08, Quadra 98, pra quem deseja ver as peças e provar
Contato: INSTAGRAM
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