Artesãos mato-grossenses que participam da 23ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), em Olinda (PE), já comercializaram mais de R$ 160 mil com a venda de aproximadamente mil peças em oito dias de evento, que é considerado o maior do tipo na América Latina.
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A Fenearte segue até o próximo domingo (16). A secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) selecionou 70 artesãos de Mato Grosso por meio da coordenação do Programa do Artesanato Brasileiro de Mato Grosso (PAB/MT).
Deles, dez estão presencialmente na Fenearte e 60 atuam de forma indireta, com o envio de peças para também serem expostas e comercializadas durante os 11 dias de feira, que possui uma forte característica cultural e grande ligação com o setor turístico.
O estande de Mato Grosso é um dos mais visitados na Fenearte, que no ano passado chegou a receber cerca de 300 mil pessoas. Lá, entre os produtos expostos estão referências como tecelagem, artesanato indígena, sementes e cestaria.
Participam artesãos de etnias indígenas mato-grossenses como os umutinas e Waurás, e dos municípios São José do Rio Claro, Várzea Grande, Barra do Bugres, Canarana, Gaúcha do Norte, Cuiabá, Paranatinga, Poxoréo, Poconé, Chapada dos Guimarães.
A coordenadora do Programa Artesanato Brasileiro de Mato Grosso, Lourdes Sampaio, explica que a Fenearte deste ano destaca a arte indígena com o tema “Loiceiros de Pernambuco - Arte da terra, poesia das mãos”, e que a arte dos indígenas de Mato Grosso vem sendo muito apreciada pelos visitantes.
“Nossos povos indígenas estão presentes na Fenearte, e é um dos destaques do nosso estande, que já comercializou antes de completar 10 dias de evento mais de R$ 160 mil. O artesanato é uma das principais fontes de renda para essas pessoas que utilizam, em muito dos seus trabalhos, semente, cerâmica, madeira, palha e muita criatividade e inspiração. Isso vem encantando os visitantes aqui em Olinda”, conta Lourdes.